quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

::: Os impactos dos fogos de artíficio sobre o meio ambiente :::

 
 
 
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Sessenta e três anos depois da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o mundo necessita de uma nova declaração universal, desta vez de obrigações humanas, tanto dos indivíduos quanto dos estados, a fim de deter a progressiva deterioração do ambiente de nosso planeta.
Quando mencionamos uma sociedade muito pouco ecológica, falamos de um sistema capaz de destruir recursos naturais, sem se preocupar com a enorme biodiversidade nele existente. Vivemos no século XX um verdadeiro período de destruição em massa de animais e viveremos neste século XXI outro ciclo de destruição em massa agora de seres humanos, se algo nãofor feito para mudar nosso padrão de relacionamento com o meio ambiente.
Enquanto o homem não aprender a preservar o que é bom e necessário para sua própria vida, será muito difícil haver, de uma forma eficaz, a efetuação em massa da conservação de bens coletivos. É válido lembrar que coletivo não deveria ser encarado como sendo somente a natureza, mas também o meio urbano, que é coletivo a todos, afinal, somos nós quem o construímos e modificamos.
Na vida, só existem processos. Os seres e objetos são apenas a parte aparente desses processos. E todos eles (os processos), além de não terem origem, não tem fim (vêm do infinito e vão para o infinito, em constante movimento e transformação). Os seres que surgiram na água (as primeiras formas de vida na Terra teriam surgido na água) evoluíram para os peixes, plantas aquáticas etc. Os que experimentaram a vida fora da água evoluíram para os répteis, batráquios, anfíbios etc. Os que se adaptaram à vida fora da água evoluíram, no mesmo atrito com a natureza, só que muito mais hostil, para as formas que aí estão, das aves aos mamíferos, incluindo a espécie humana.
Tais processos duram bilhões de anos, acontecem no atrito constante entre a espécie e a natureza, pela sua sobrevivência, e que garante a evolução. Toda matéria orgânica, para poder sobreviver, precisa"reconhecer" e "entender" a mensagem da mãe natureza, do contrário sucumbe diante das suas reações. Não há nenhuma matéria orgânica viva, no planeta, que não tenha um mínimo de "entendimento" de sua realidade ecoambiental. Até mesmo o mais primário dos vegetais dispõe de grau mínimo de "entendimento", do contrário não teria se adaptado e já teria desaparecido, como aconteceu com várias formas de vida.
Talvez seu cachorro corra até a porta quando você está para chegar em casa. Perceba com antecedência a aproximação de uma tempestade e fique
desesperado quando ocorre a queima de fogos de artifício. Este “entendimento”, que pode ser considerado por alguns como "sexto sentido", precisa ser devidamente pesquisado e compreendido pela humanidade.
As pessoas são muito manipuladas pelo interesse econômico e não conseguem enxergar as coisas claramente. Vemos nos dias atuais, discursos bonitos em prol da preservação ambiental,que não saem do papel.Precisamos por em prática um novo modelo de desenvolvimento, abarcando um nova postura, onde haja a preocupação com a biodiversidade, incluindo aqui, obviamente, o ser humano.
As mortes em massa de animais nos Estados Unidos na virada do ano detonaram uma onda de especulação sobre as causas dos episódios.
Primeiro, 3 mil pássaros negros caíram do céu na pequena cidade de Bibi, no Arkansas. Todos os pássaros apresentavam hemorragias, além disto foi registrada a morte de 100 mil peixes no rio Arkansas. Mais ao sul, no Estado da Louisianna, outros 500 passarinhos caíram dos céus. Alguns apresentam asas e espinhas quebradas. A análise dos profissionais competentes descartou sinais de infecções ou de doença contagiosa. Foi o que constatou a autópsia realizada pelo Instituto Nacional de Veterinária (SVA, em sua sigla em sueco) em cinco aves.
Dezenas de pássaros,também, foram encontrados mortos nas ruas da localidade sueca de Falköping. Veterinários estão agora a analisar a causa da morte das gralhas-de-nuca-cinzenta, mas assinalam a existência de um espectáculo de fogo de artificio, próximo do local onde os pássaros foram encontrados.
As autoridades dizem que o tempo frio, as dificuldades em encontrar comida e um possível susto devido ao fogo de artificio podem ter causado stress nos pássaros que morreram. Nos últimos dias seguintes têm sido frequentes as notícias acerca de morte massiva de pássaros.
Os biólogos estão a investigar a causa da morte dos pássaros no Arkansas. Cientistas acreditam que o estresse causado por fogos de artifício do Ano-Novo pode ter causado a morte dos pássaros. As dezenas de pássaros que apareceram mortos nas ruas da cidade sueca de Falköping morreram devido a hemorragias internas provocadas por “trauma físico
extremo”, informaram na quinta-feira,(6/1), as autoridades do país nórdico.
No Brasil, técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (CEM-UFPR) verificaram que na segunda-feira (3/1), milhares de peixes apareceram mortos no local. Os técnicos aguardam o resultado do laudo para confirmar o motivo da mortandade dos animais. Entretanto, segundo informação do capitão Edson Oliveira, coordenador regional no Litoral da Defesa Civil, ao que tudo indica os peixes não estão mais morrendo.
Comemorações com fogos de artifício são traumáticas para os animais, cuja audição é mais acurada que a humana e segundo pesquisas são capazes de pressentir eventos sísmicos importantes. Devido a ocorrencia dos fogos de artíficio, os cães latem em desespero e, até, enforcam-se nas correntes. O gatos têm taquicardia, salivação, tremores, medo de morrer,
e escondem-se em locais minúsculos, alguns fogem para nunca mais serem encontrados. Há animais que, pelo trauma, mudam de temperamento.
Em nome de uma comemoração da chegada do Ano Novo, em nome da paz, o ser humano atrita com a natureza, que emite sua resposta implacável. No Brasil, a passagem de ano era considerada como uma uma festa de cunho religioso e frequentada por moradores de Copacabana e devotos. Desde meados da década de 80 do século passado com a sofisticação, adesão dos hotéis da orla da praia de Copacabana e o apoio das autoridades, o Reveillon de Copacabana transformou-se num dos principais eventos de final de ano do mundo, recebendo mais de 2 milhões de pessoas que juntos celebram o novo ano e a paz.
Neste réveillon a queima de fogos no Rio de Janeirodurou mais de 20 minutos. Muitas outras cidades brasileiras , também, promoveram este tipo de evento. Os shows da virada de ano ao redor do mundo, foram marcados com a queima de fogos de artifício em Sydney ( Australia), Tokyo( Japão),(Ahmedabad) India, Times Square(Nova Iorque), (Hong Kong) China, Petersburg( Russia) , Edimburgo ( Escocia) , Karachi (Paquistão), Londres ( Pasquitão), entre outros.
O tema da paz é parte inerente essencial da luta por um outro mundo possível, justo, humano e pacífico, coincidência ou não , é preciso aprofundar os estudos referentes aos impactos dos fogos de artifício no meio ambiente.
O Brasil conta com tudo para ser o pioneiro de uma civilização ecologicamente sustentável, dispensando este tipo de comemoração que envolve os fogos de artifício, tão perigosa para a natureza, vamos dar nosso bom exemplo, enquanto é tempo!
(*) Vininha F. Carvalho – jornalista, economista, administradora de empresas, ambientalista. Presidente da Fundação Animal Livre ( www.animalivre.org.br)

Postado por: Monique Amin Ghanem
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