segunda-feira, 8 de novembro de 2010

::: Aumenta a poluição da água :::


 

 


"O IP realiza mais que análises ,
auxilia no desenvolvimento
de um mundo melhor"

 

Na Região Sul, a contaminação é crescente por conta do crescimento industrial. Já no Nordeste, a escassez da água também é intrinsecamente ligada à contaminação, pois a qualidade da água que é consumida pela população continua não apresentando segurança na saúde. 

 

A contaminação das águas no Brasil aumentou cinco vezes nos últimos dez anos e o problema pode ser constatado em 20 mil áreas diferentes do país. Estes são apenas alguns dos pontos presentes no relatório “O Estado Real das Águas do Brasil”, lançado em Brasília pela Defensoria da Água, Cáritas e UFRJ.
O Relatório revela que a contaminação avança muito rápido num espaço de tempo considerado curto. Se a poluição das águas quintuplicou em 10 anos, as perspectivas ainda estão longe de ser consideradas positivas. Se a contaminação continuar no ritmo em que está, nos próximos dez anos a situação será realmente muito crítica. O informe quer chamar a atenção para isso, para o que estamos fazendo com a água, o nosso principal bem público.
Coordenado pela professora Araceli Ferreira, da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFRJ, o Relatório faz um levantamento nas cinco regiões brasileiras, a fim de oferecer um panorama geral sobre a situação. O problema nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, chama muito a atenção, pois em áreas onde há cinco anos não havia sido detectado nenhum tipo de poluição das águas, hoje já estão dentro das áreas consideradas contaminadas.
Na Região Sul, a contaminação é crescente por conta do crescimento industrial. Já no Nordeste, a escassez da água também é intrinsecamente ligada à contaminação, pois a qualidade da água que é consumida pela população continua não apresentando segurança na saúde. Tirando as iniciativas que vieram com a Cáritas, a situação por lá requer atenção.
A privatização também está sendo citada no Relatório, sobretudo, na Região Centro-Oeste. A Coordenadoria das Águas também enfatiza que o fato de o Governo do Estado de Goiás estar iniciando modelos de privatização das águas, além de abrir precedentes muito graves, também pode colocar em risco a qualidade da água. No mapeamento geral, o Relatório aponta 20 mil áreas contaminadas, que interferem diretamente na condição de saúde das populações. O número é maior do que o reconhecido pelos últimos dados do Ministério de Saúde, que é de 15.200 áreas.
O Relatório conta ainda com uma análise do comportamento das grandes indústrias em relação à transparência de seus balanços no que diz respeito à responsabilidade ambiental. De acordo com a professora Araceli Ferreira, é uma prática comum das empresas omitirem seus passivos ambientais, e ao investirem na prevenção de riscos ao meio ambiente e à saúde, o valor não ser tão expressivo com o deveria. “Na Lei 6404/76 das S.A. as empresas são obrigadas a registrar suas contingências, sejam elas trabalhistas, fiscais ou de outra natureza, enquanto que os riscos ambientais sequer são reconhecidos”, ressaltou. No Relatório são avaliadas empresas como Petrobrás, Aracruz, CNS, Gerdau, Cosipa, entre outras.
O estudo foi feito entre os anos de 2003/04 e o Relatório na Conferência Mundial da UNCTAD, em Genebra, Suíça. Depois de ser apresentado na I Semana Brasileira de Economia e Contabilidade Ambiental, em Brasília, o Relatório teve seu lançamento em São Paulo e no Rio de Janeiro. Além de indicar as áreas contaminadas e o comportamento ambiental de grandes empresas, o Relatório apresenta ainda o conjunto de ações feita em defesa das águas no Brasil.

 fonte: Revista Eco 21, ano XV, Nº 98, janeiro/2005.  

 


Postado por: Monique Amin Ghanem

Siga-nos no twitter: @ip_instituto
E-mail: ip@ipinstituto.com.br
Site: http://www.ipinstituto.com.br/

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário