segunda-feira, 31 de outubro de 2011

::: Recursos naturais podem ter colapso em 40 anos, dizem especialistas :::



Uma previsão catastrófica do planeta Terra para os próximos 40 anos foi divulgada nesta segunda-feira (17) por especialistas da área de clima e saúde reunidos em uma conferência em Londres, no Reino Unido.

Segundo os pesquisadores, recursos naturais da Terra como comida, água e florestas, estão se esgotando em uma velocidade alarmante, causando fome, conflitos sociais, além da extinção de espécies.

Nos próximos anos, o aumento da fome devido à escassez de alimentos causará desnutrição, assim como a falta de água vai deteriorar a higiene pessoal. Foi citado ainda que a poluição deve enfraquecer o sistema imunológico dos humanos e a grande migração de pessoas fugindo de conflitos deverá propagar doenças infecciosas.

Tony McMichael, especialista em saúde da população da Universidade Nacional Australiana, afirmou que em 2050, somente a região denominada África Subsaariana seria responsável por aumentar em 70 milhões o número de mortes.

Outro ponto citado se refere ao aumento dos casos de malária entre 2025 e 2050 devido às alterações climáticas, que tornaria propícia a reprodução do mosquito transmissor da doença. “A mudança climática vai enfraquecer progressivamente o mecanismo de suporte de vida da Terra”, disse McMichael.

Aumento populacional – De acordo com os especialistas, o aumento da população (estimada em 10 bilhões em 2050) vai pressionar ainda mais os recursos globais. Outra questão citada são os efeitos nos países ricos, principalmente nos da Europa.

“O excesso de consumo das nações ricas produziu uma dívida ecológica financeira. O maior risco para a saúde humana é devido ao aumento no uso de combustíveis fósseis, que poderão elevar o risco de doenças do coração, além de câncer”, afirmou Ian Roberts, professor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

Além disso, o Velho Continente estaria sob risco de ondas de calor, enchentes e mais doenças infecciosas para a região norte, disse Sari Kovats, uma das autoras do capítulo sobre a Europa no quinto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que será lançado entre 2013-2014.

Espécies em risco – De acordo com o Paul Pearce-Kelly, curador-sênior da Sociedade Zoológica de Londres, cerca de 37% das 6 mil espécies de anfíbios do mundo podem desaparecer até 2100. Os especialistas afirmam que na história do planeta ocorreram cinco extinções em massa, entretanto, atualmente a taxa de extinção é 10 mil vezes mais rápida do que em qualquer outro período registrado.

“Estamos perdendo três espécies por hora e isso antes dos principais efeitos da mudança do clima”, disse Hugh Montgomery, diretor do Instituto para Saúde Humana e Performance da University College London. (Fonte: G1)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

::: Desperdício de água tratada pode chegar a 50% nas grandes cidades só com vazamentos da rede :::



Por causa de vazamentos, grande volume de água se perde no Brasil entre a captação e a torneira do consumidor, principalmente nas grandes cidades. De acordo com dados do Atlas do Saneamento 2011, divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seis em cada dez municípios com mais de 100 mil habitantes apresentam perdas entre 20% e 50% do volume de água captada. Nas cidades com população inferior, a perda fica em torno de 20%.

Segundo Daniela dos Santos Barreto, uma das pesquisadoras do projeto, esse é um problema grave que pode ser ainda maior. “Em tempos de escassez de água, essas perdas são um problema sério, causadas por vários fatores como insuficiência do sistema, redes antigas e sem manutenção adequada, além de furtos de água. Com tudo isso, o volume que se perde é até difícil de ser mensurado pelas operadoras e pode ser ainda maior.

O Atlas revela, ainda, que a água fornecida à população brasileira pela rede geral é obtida, sobretudo, pela captação em poços profundos – como ocorre em 64,1% dos municípios brasileiros – e pela captação superficial (56,7%). A água também pode ser obtida por meio de captação em poço raso ou via adutora de água bruta ou adutora de água tratada provenientes de outro distrito ou município.

Em 2008, em todas as regiões do país, a água disponibilizada à população por meio de rede geral recebeu algum tipo de tratamento. Na Região Norte, entretanto, o avanço alcançado no percentual de água tratada distribuída à população, que passou de 67,6%, em 2000, para 74,3%, em 2008, não foi suficiente para que a região se aproximasse dos índices nacionais porque a quantidade de água que não recebe nenhum tipo de tratamento, 25,6% de toda a água distribuída à população, ainda permanece bem acima dos 7,1% que representam a média nacional.

Nas demais regiões, mais de 90% da água distribuída recebe algum tipo de tratamento. A Região Sul, por sua vez, teve um incremento de 10% no volume de água distribuída à população, porém, não teve um acompanhamento no percentual de água tratada.

O estudo mostra que 78% dos municípios brasileiros investem em melhorias na rede de distribuição de água e a Região Sul é a que apresenta o maior percentual de municípios que se incluem nessa situação (86,4%), de investir em melhorias nesse serviço público. Outra parte do processo de abastecimento que vem recebendo grande investimento por parte da maioria dos municípios (67,8%) é o das ligações prediais.

Além disso, estão sendo feitas, em menor escala, melhorias na captação (49,5% dos municípios); no tratamento (43,7%); na reservação (36,1%) e na adução (19,9% dos municípios brasileiros). (Fonte: Flávia Villela/ Agência Brasil)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

::: Esgoto humano tem milhares de vírus desconhecidos :::


Uma pesquisa publicada na semana passada no periódico científico mBio mostrou que há uma série de potenciais ameaças invisíveis escondidas nos esgotos humanos.
Cientistas liderados por James Pips, da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, resolveram pesquisar o esgoto bruto nas cidades de Pittsburgh (Estados Unidos), Barcelona (Espanha) e Addis Ababa (Etiópia). O resultado: detectaram 234 vírus conhecidos pelo homem e a assinatura genética de milhares ainda desconhecidos.
De acordo com os cientistas, alguns podem ser oportunistas apenas esperando um enfraquecimento do sistema imunológico para agir. Outros pode ser até benéficos. Mas o fato é que ninguém sabe ainda qual a função deles.
“Esgoto é uma fonte rica de novos vírus, mas ainda assim limitada. [...] A terra é rica em diferentes biomas, cada um com uma imensa diversidade de espécies hospedeiras e seus vírus. A exploração deste universo apenas começou”, afirmaram os pesquisadores no artigo.
Entre os vírus conhecidos encontrados estavam o responsável pela gastroenterite, uma infecção cujos sintomas são cólicas intestinais, diarreia e vômito.
O próximo passo da pesquisa será ampliar as áreas de estudo para comparar e verificar os resultados. (Fonte: Alessandro Greco/ Portal iG)

domingo, 16 de outubro de 2011

::: Brasil desconhece nível de contaminação de águas subterrâneas :::


"O IP realiza mais que análises ,
auxilia no desenvolvimento
de um mundo melhor"

O governo federal pretende desembolsar R$ 15 milhões para que a Agência Nacional de Águas (Ana) investigue possíveis contaminações em áreas que concentram grande volume de água subterrânea.
O objetivo é fazer um levantamento nacional sobre as condições destes locais e delinear ações preventivas para conservar essas áreas da alta concentração urbana, responsável pelo lançamento de rejeitos industriais e esgoto sem tratamento em nascentes e cursos de água.
Ainda não existem no Brasil estatísticas nacionais sobre a quantidade de solos e águas subterrâneas que sofreram danos ambientais. Um dos motivos é que a responsabilidade de manutenção é dos estados. “Estamos atrasados, mas ainda há tempo para obter este conhecimento”, diz o geólogo Paulo Varella, diretor da Ana.
A formação de grandes cidades, que concentram indústrias e, muitas vezes, bairros sem infraestrutura de saneamento básico, pode já ter contaminado o solo e, consequentemente, as águas de reservatórios naturais, mesmo aqueles localizados a uma profundidade que varia de 80 metros a 1.000 metros de profundidade.
“Mesmo com algumas contaminações constatadas, como na região de São Paulo, por exemplo, são poucos os pontos para a grande quantidade de reservas que existem no Brasil”, explica Varella.
Investigação ambiental – De acordo com ele, o primeiro estudo iniciado foi na bacia do Rio Amazonas, considerada a maior do mundo. Posteriormente, serão analisados os aquíferos Urucuia (principal fornecedor de água para o Rio São Francisco, no Nordeste do país), Açú e Jandaíra (que abrange o Ceará e Rio Grande do Norte), além do Guarani, o maior do país, com 45 mil km³ de volume de água e que passa pela Argentina, Paraguai e Uruguai.
Serão analisadas características hidroquímicas (qualidade das águas) e hidrodinâmicas (extensão dos reservatórios e volume deles). Na Bacia do Amazonas, o prazo de conclusão dos estudos está previsto para o primeiro semestre de 2013.
“Vamos fazer o diagnóstico dessa região no intuito de prevenir quaisquer contaminações. A nossa expectativa é que consigamos descrever detalhes que vão colocar este aquífero na região da Bacia do Amazonas entre os maiores do mundo e maior até que a o aquífero Guarani”, explica Varella.
Brasil: um país com pouco saneamento básico – Entretanto, o diretor da agência afirma que já podem existir trechos do reservatório já contaminados devido à falta de saneamento nas grandes cidades. “Nas proximidades de Belém (PA) já há registros de contaminação por falta de tratamento de esgoto. É uma realidade do Brasil que precisa ser melhorada”, explica.
Segundo o relatório “Conjuntura dos Recursos Hídricos”, divulgado neste ano pela Ana, o Brasil coleta 56,6% do esgoto doméstico urbano. Entretanto, apenas 34% deste volume passa por tratamento.
Varella cita que investimentos neste setor são necessários, pois a recuperação de reservatórios subterrâneos de água podem demorar anos. “Mais que o tempo de vida de uma pessoa. A saúde dos aquíferos depende dos primeiros metros de solo. Não vamos ter erradicação da pobreza se não cuidarmos do saneamento básico. Mas o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) tem voltado recursos para este setor”, afirma. (Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)

Siga-nos no twitter: @ip_instituto
E-mail: ip@ipinstituto.com.br
Site: http://www.ipinstituto.com.br

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

::: Dois terços de todo esgoto gerado no Brasil não são tratados :::

"O IP realiza mais que análises ,
auxilia no desenvolvimento
de um mundo melhor"

Saneamento básico. Está no nome: é básico. Mas para muitas das maiores cidades do Brasil esse serviço público não é prioridade. Você vai conhecer o ranking da coleta e do tratamento de esgoto dessas cidades.
Tem até capital com índice de saneamento zero. É o que acontece, por exemplo, na capital de Rondônia. Um problema grave que se repete também em cidades muito populosas das maiores regiões metropolitanas do país. O estudo, feito desde 2007 em municípios com mais de 300 mil habitantes, aponta as deficiências.
Em 2009, as 81 maiores cidades do país despejaram a cada dia 5 bilhões de litros de esgoto sem tratamento no meio ambiente. “Dois terços de todo o esgoto gerado no Brasil não são tratados e isto, com certeza, está em todos os nossos córregos e rios, poluindo o meio ambiente e trazendo graves consequências à saúde”, explicou a engenheira sanitarista Aline Mantuja.
Entre as melhores cidades do país em saneamento estão: Santos, em primeiro lugar, seguido de Uberlândia, Franca, Jundiaí, Curitiba, Ribeirão Preto, Maringá, Sorocaba, Niterói e Londrina. A classificação mostra também as dez piores: Canoas, Jaboatão dos Guararapes, Macapá, Ananindeua, Nova Iguaçu, Belém, São João de Meriti, Belfort Roxo, Duque de Caxias e, em último lugar, a capital de Rondônia, Porto Velho.
A cidade do Rio de Janeiro está bem melhor que a cidade de São Paulo. O Rio tem 75% de saneamento, enquanto São Paulo, 57% de saneamento. Mas as regiões metropolitanas tanto do Rio, quanto de São Paulo são bem ruins. São João de Meriti e Duque de Caxias têm zero de saneamento, Nova Iguaçu tem apenas 1%.
Em São Paulo, Mauá tem 1%, Itaquaquecetuba tem 4% e Diadema, 10%. O Rio Tietê continua a ser um dos rios mais poluídos do mundo. Os municípios vizinhos a São Paulo sempre despejaram o esgoto in natura, direto no Rio Tietê ou nos seus afluentes.
Se há um serviço que não discrimina pobres e ricos é o tratamento do esgoto. Seja na favela ou onde ficam alguns dos condomínios mais caros de São Paulo, o que falta é a mesma coisa: o tratamento do esgoto.
O problema é dinheiro? Não. Só está melhorando muito lentamente. O Insitituto Trata Brasil reconhece o avanço que estamos fazendo em direção à universalização mas ainda em ritmo muito lento. “É preciso acelerar, selecionando gargalos comuns como, por exemplo, a questão de habitação com a questão de saneamento, onde as empresas de saneamento não podem oferecer o serviço. Falta de projetos e, principalmente, falta de planejamento municipal”, explicou.
Na manhã desta terça-feira (28), a equipe do Bom dia Brasil sobrevoou o Rio Tietê, na altura da cidade de Guarulhos. Neste trecho, o Tietê recebe esgoto de cerca de um milhão de moradores e um equipamento, que mede a oxigenação da água, registrou péssimos índices de oxigênio.
A cidade de Guarulhos tem tratamento zero e a primeira estação de tratamento foi inaugurada em 2010 e a prefeitura promete a inauguração da segunda estação para os próximos dias. As duas estações juntas devem que tratar 35% de esgoto coletado na região.
De acordo com o Instituto Trata Brasil, o Brasil investe apenas 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em saneamento. Seria necessário três vezes mais investimentos. Segundo os médicos, 88% dos casos de diarreia são decorrentes da falta de saneamento básico. (Fonte: Globo.com)

Siga-nos no twitter: @ip_instituto
E-mail: ip@ipinstituto.com.br
Site: http://www.ipinstituto.com.br

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

::: Água é mais mal aproveitada do que escassa :::


"O IP realiza mais que análises ,
auxilia no desenvolvimento
de um mundo melhor"


As bacias hidrográficas do mundo têm água suficiente para permitir que a produção de alimento seja dobrada nas próximas décadas de forma sustentável, afirmam cientistas em duas edições especiais da revista “Water International”, divulgadas por ocasião do 14º Congresso Mundial da Água, que acontece até quinta-feira (29), em Recife.
Análise feita pela rede de cientistas Challenge Program on Water and Food (CPWF) mostra que a aparente falta de recursos hídricos em algumas regiões do mundo não tem a ver com uma escassez de água nos rios, mas com seu uso ineficiente.
Comunicado do grupo científico aponta que, em especial na África subsaariana, o uso de águas pluviais poderia ser muito maior, de modo a até triplicar a produção de alimentos na região.
Em outras partes do mundo em desenvolvimento foram identificadas lavouras de baixa produtividade. Nas bacias do Ganges e do Indo, por exemplo, um quarto das plantações de arroz estão produzindo apenas metade do que poderiam manter de forma sustentável. (Fonte: Globo Natureza)

Siga-nos no twitter: @ip_instituto

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

::: Poluição do ar mata pelo menos 2 milhões de pessoas por ano no mundo, diz OMS :::


"O IP realiza mais que análises ,
auxilia no desenvolvimento
de um mundo melhor"

 

Pelo menos 2 milhões de pessoas morrem no mundo devido à má qualidade do ar causada por poluição. A conclusão é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que analisou dados de 1.100 cidades, de 91 países, com mais de 100 mil habitantes. Segundo especialistas, a contaminação do ar pode levar a problemas cardíacos e respiratórios.

“A poluição atmosférica é um grave problema de saúde ambiental. É vital que aumentemos os esforços para reduzir o impacto na saúde que [a poluição atmosférica] cria”, disse a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira.

De acordo com ela, é necessário que as autoridades de cada país façam monitoramentos constantes para medir a poluição do ar. “[Assim] podemos reduzir significativamente o número de pessoas que sofrem de doenças respiratórias e cardíacas e até de câncer de pulmão.”

Segundo Neira, é fundamental lembrar que a poluição do ar é provocada por vários fatores, como os gases de escapamentos dos veículos, a fumaça de fábricas e fuligem das usinas de carvão. “Em muitos países não há qualquer regulamentação sobre a qualidade do ar. Quando há normas nacionais, elas variam muito na sua aplicação.”

A OMS informou ainda que em 2008 cerca de 1,34 milhão de pessoas morreram prematuramente por causa dos efeitos da poluição sobre a saúde. Segundo especialistas, políticas de prevenção podem evitar as mortes prematuras. (Fonte: Renata Giraldi/ Agência Brasil)


Siga-nos no twitter: @ip_instituto
E-mail: ip@ipinstituto.com.br
Site: http://www.ipinstituto.com.br