sexta-feira, 30 de setembro de 2011

::: Calor gerado pelo efeito estufa pode ir para o fundo do mar, diz estudo :::

 
 
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O mistério do calor “perdido” pode ter sido resolvido: ele pode estar escondido no fundo dos oceanos, temporariamente mascarando os efeitos do aquecimento global vindo das emissões de gases do efeito estufa, reportaram pesquisadores neste domingo (18).
Os cientistas climáticos há muito tempo se perguntavam para onde ia o calor “perdido”, principalmente na última década, quando as emissões de gases estufa continuaram crescendo, mas as temperaturas mundiais não subiram na mesma proporção.
É importante acompanhar o aumento na geração de energia e de calor no sistema terrestre, por conta de seu impacto no clima atual e no do futuro.
As temperaturas ainda estão elevadas. A década entre 2000 e 2010 foi a mais quente em mais de um século. O ano mais quente era 1998, até que 2010 empatou.
Para os cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos EUA (NCAR, na sigla em inglês), a temperatura mundial deveria ter subido mais.
Eles descobriram que as emissões de gases do efeito estufa cresceram durante a década, e os satélites mostraram uma crescente diferença entre a luz do Sol e a radiação emitidas.
Parte do calor estava chegando à Terra e não ia embora, mas as temperaturas não estavam subindo como estimado.
Então, para onde esse calor ‘perdido’ ia? – Simulações feitas em computador sugerem que a maior parte dele está preso em camadas mais profundas dos oceanos, abaixo de 305 metros, durante períodos como a década passada, quando as temperaturas não subiram conforme esperado.
Isso pode acontecer por anos ao longo do tempo e periodicamente neste século, mesmo que a tendência de aquecimento se mantenha, concluíram os pesquisadores na revista científica “Nature Climate Change”.
“Este estudo sugere que a energia perdida tem, na verdade, queimado no oceano”, afirmou em comunicado o coautor do estudo, Kevin Trenberth, do NCAR. “O calor não desapareceu e portanto não pode ser ignorado. Ele tem consequência”.
Trenberth e outros pesquisadores fizeram cinco simulações em computador das temperaturas globais, levando em conta as interações entre a atmosfera, as áreas terrestres, os oceanos e o gelo do mar, baseando as informações em estimativas de emissões de gases do efeito estufa pelos humanos.
Todas indicaram que a temperatura global subirá vários graus neste século. Mas elas também mostraram períodos em que as temperaturas vão se estabilizar, antes de subirem. Durante esses períodos, o calor extra vai se mover para o fundo dos oceanos, devido a mudanças na circulação das águas marítimas, disseram os cientistas. (Fonte: G1)
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

::: IP avança para a segunda fase do MPE Brasil :::

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O IP - Instituto acaba de passar para a segunda fase do MPE Brasil - Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas – ciclo 2011 – realizado pelo SEBRAE, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).
Por meio de uma autoavaliação, preenchemos via site www.premiompe.sebrae.com.br as 4 partes do prêmio:
1. Parte I – Devolutiva sobre a Gestão da Empresa – retratando o grau de maturidade da gestão de sua empresa em relação ao Modelo de Excelência da Gestão® adaptado para a realidade das micro e pequenas empresas, na forma de pontos fortes e oportunidades de melhoria;
2. Parte II – Devolutiva sobre as Características de Comportamento Empreendedor – apresentando quais características estão mais desenvolvidas e quais ainda precisam ser aprimoradas para que o desempenho do empreendedor possa ser maximizado;
3. Parte III – Devolutiva sobre as Práticas de Responsabilidade Social – destacando os pontos fortes e as oportunidades de melhoria na relação com o meio ambiente, partes interessadas e comunidade em que a empresa está inserida;
4. Parte IV – Devolutiva sobre as Práticas de Inovação – informando os pontos fortes e as oportunidades de melhoria que tornam o ambiente organizacional mais favorável à inovação de produtos, serviços, processos e forma de gerir a empresa.


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terça-feira, 27 de setembro de 2011

::: Ibama vai reforçar proteção de árvore que nasceu de semente enviada à Lua :::


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Para comemorar o Dia da Árvore, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai reforçar a proteção de um exemplar especial do bosque da sede da entidade em Brasília: a árvore da Lua. A Liquidambar styraciflua plantada no Ibama, conhecida popularmente como sweet gum, liquidâmbar ou árvore do âmbar, nasceu de uma semente que viajou à Lua na missão espacial norte-americana Apollo 14, em 1971.

O exemplar do Ibama foi plantado em 1980 e é uma das centenas de árvores da Lua espalhadas pela Terra, a maioria nos Estados Unidos, inclusive uma plantada na Casa Branca. As sementes – mais de 400 – foram levadas ao espaço pelo astronauta Stuart Roosa para avaliar o efeito da gravidade zero e da alta radiação sobre as árvores que cresceriam a partir delas.

Na volta da missão, as sementes foram germinadas pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos e distribuídas por cidades americanas e alguns países, entre eles o Brasil, a Suíça e o Japão. Além da liquidâmbar do Ibama em Brasília, há outra árvore da lua em solo brasileiro: um pau-brasil plantado no município de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul.

A árvore da Lua do Ibama será declarada imune ao corte, conforme prevê o Artigo 7° do Código Florestal Brasileiro, que garante a proteção incondicional a uma arvore reconhecida por ato do Poder Público, “por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição de porta-sementes”. (Fonte: Luana Lourenço/ Agência Brasil).



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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

::: Governo vai investir na produção de carvão e lenha sustentáveis :::



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Pela primeira vez na história do país o Governo Federal decide investir recursos financeiros na melhoria do uso dos fornos de carvão e de lenha para combater a desertificação e promover a recuperação de áreas degradadas na região do semiárido do Nordeste brasileiro. Serão investidos mais de R$ 6 milhões em atividades relacionadas à fabricação de tijolos para a construção civil em fornos industriais e caseiros. A informação é do analista ambiental do Departamento de Desertificação da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ricardo Padilha.
Segundo ele, além da produção de tijolos, cerca de 35% da matriz energética do Nordeste brasileiro usa, como forma de energia e de combustível, a queima do carvão e da lenha. “Mas é a primeira vez que o governo trata esse setor de forma objetiva, direta e sintética com o intuito de transformá-lo em setor produtivo sustentável”, disse. Padilha informou que o diretor de Desertificação da SEDR do MMA, Francisco Campello, e técnicos da Caixa estão reunidos em Recife desde segunda-feira (19/9) para qualificar projetos do Fundo Nacional do Meio Ambiente que vão receber os recursos financeiros do Fundo Socioambiental da Caixa para esse setor.

Os projetos deverão atender a três temáticas ligadas à eficiência energética dos setores industriais (polos gesseiro e ceramista), porém, combinadas com o manejo sustentável da caatinga. Esses planos, resultado de um convênio firmado entre MMA e Caixa, são destinados à melhoria dos fornos industriais e à construção de fornos caseiros (fogões ecológicos) para fabricação de tijolos nas regiões da Chapada do Araripe, situada entre os Estados de Pernambuco, Piauí e Ceará; no entorno da Barragem do Xingó, localizada no rio São Francisco, e que atinge regiões de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia; e o Vale do Jaguaribe, Ceará.
A construção dos fogões ecológicos está condicionada ao uso da lenha e ao manejo sustentável da caatinga, bem como ao protagonismo das mulheres que atuam nesse setor da construção civil. Padilha explica que, além de atender às demandas da agenda ambiental, a concepção dos fornos ecológicos pressupõe o empoderamento do setor por parte das mulheres e visa à proteção da saúde feminina para diminuir e até mesmo erradicar a incidência de câncer entre elas. O fogão ecológico tem um sistema de isolamento térmico que evita o aquecimento acima da temperatura ambiente e, isso, previne a instalação da doença.
No âmbito do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas os investimentos serão ampliados. “Mais de R$ 15 milhões serão destinados a projetos nas áreas afetadas por degradação e desertificação, sobretudo no semiárido, para execução de plano de manejo e prevê, dentre outras ações, a criação de jardins etnobotânicos”, disse ele. Tudo isso está incluído no Programa de Mudanças Climáticas e no de Combustíveis do Plano Plurianual (PPA) de 2012-2015 do governo federal. (Fonte: Maria Borba/ MMA)

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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

::: Consumo de água por habitante no Brasil é estável :::

 
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O consumo médio de água no Brasil, envolvendo os setores comercial, residencial, público e industrial, está estabilizado na faixa de 150 litros por habitante/dia. Em 2007, o consumo per capita foi 149,6 litros diários, subiu em 2008 para 151,2 litros e baixou em 2009 para 148,5 litros, de acordo com pesquisa divulgada pelo Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (Snis), do Ministério das Cidades.
“Para a média nacional , é um consumo bom. Não indica mau uso da água”, disse à Agência Brasil o coordenador do Snis, Ernani Ciríaco de Miranda. O resultado não demonstra, entretanto, que o brasileiro, de modo geral, está mais conscientizado em relação à necessidade de preservar esse recurso natural.
Miranda explicou que vários fatores contribuem para o consumo per capita mais elevado em alguns estados, como o Rio de Janeiro (189,1 litros/dia), Mato Grosso (168,2 litros) e São Paulo (177,8 litros). Ele citou, entre esses fatores, o excesso de temperatura, o clima mais desfavorável. “Ou pode ser, também, uma indicação de consumo perdulário”, acrescentou.
No caso do Rio, em especial, onde foi registrada queda de 20% no consumo per capita em 2009, em relação a 2008 (236,3 litros/dia), o coordenador do Snis avaliou que o índice “está se aproximando de um patamar de consumo adequado, mais próximo da média nacional”. Em 2007, o consumo per capita no estado foi 205 litros diários. “É uma boa sinalização”, disse Miranda.
Para ele, ainda há situações preocupantes no país. Os estados de Alagoas e Pernambuco, por exemplo, mostram consumo muito baixo (86,8 litros/dia e 90,9 litros/dia, respectivamente, em 2009). “Consumo abaixo ou na faixa de 100 litros/habitante/dia pode indicar uma demanda reprimida”, ou seja, a população está conectada, mas não está recebendo a água na quantidade ideal. “São soluções técnicas que têm de ser feitas”.
Outro problema, de acordo com o coordenador do Snis, é o consumo mais alto, que pode indicar “um consumo perdulário ou uma situação isolada”. (Fonte: Alana Gandra/ Agência Brasil)
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

::: Cientistas pedem ‘cinturões verdes’ para proteger florestas primárias :::


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Estudo que será publicado nesta quinta-feira (15) na revista “Nature” alerta sobre a necessidade de se criar mais áreas de proteção a florestas tropicais primárias (aquelas que não sofreram degradação e são praticamente intactas), no intuito de preservar a biodiversidade local.
De acordo com o documento, elaborado por 11 pesquisadores, entre eles o brasileiro Carlos Peres, que é docente da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, o impacto do ser humano tem reduzido o valor da biodiversidade.
A rápida conversão da floresta tropical em áreas destinadas à agricultura, produção de madeira e outros usos fazem com que a vegetação não se regenere mais, extinguindo espécies de animais residentes nessas localidades.
A pesquisa reuniu informações de 28 países, incluindo dados de desmatamento na região da Amazônia brasileira. Foram feitas 2.220 comparações em 92 tipos de paisagens diferentes. Apesar da conhecida devastação do maior bioma do país, com dados divulgados pelo ministério do Meio Ambiente, os cientistas constataram que a cobertura florestal da Ásia é a que mais perde com a exploração humana.
Alta densidade demográfica – “A mudança do uso do solo nesta região e sua degradação ocorrem principalmente pela alta densidade demográfica. Tem muita gente. Além disso, as florestas são muito antigas e os bichos sensíveis a essas alterações. Em países como Indonésia e Malásia são produzidos o óleo de palma para o mundo inteiro nessas áreas devastadas”, disse Carlos Peres.
As aves são as principais espécies afetadas por essas mudanças, afirma o estudo, principalmente quando o solo é utilizado para agricultura. Já as queimadas afetam a recomposição vegetal.
Outro ponto citado no artigo é que a abertura de estradas florestais facilitaria a migração humana para fronteiras da mata nativa, desencadeando a exploração madeireira ilegal. Ambientalistas brasileiros temem esta possibilidade em uma região que compreende os estados do Mato Grosso e Pará, em decorrência da construção da BR-163, estrada federal que liga Cuiabá a Santarém e que corta uma grande área da Amazônia.
Impacto no Brasil – Segundo Peres, o processo de perturbação na Amazônia, pela derrubada e aumento da caça, afeta sistemas naturais da floresta que podem impactar no cotidiano de outras regiões.
“Apesar de falarem que o bioma perdeu apenas de 18% de seu total, há estragos que não são constatados. Essa penetração no interior da floresta quebra o ciclo de preservação. Com as secas constantes que têm sido registradas, se perde biomassa e o processo de evapotranspiração (forma pela qual a água da superfície terrestre passa para a atmosfera no estado de vapor). Tais fatos reduzem as chuvas, que alimentam boa parte do Brasil”, diz o pesquisador.
“Se colocar na ponta do lápis e quantificar os serviços ambientais da Amazônia e suas bacias hidrológicas, os contribuintes brasileiros não conseguiriam pagar nunca. Mas como é tudo de graça, ninguém liga para o que está ocorrendo”, complementa.
De acordo com Peres, é importante “cercar” as áreas protegidas constituindo unidades de conservação para “segurar” a degradação por prazo indeterminado. “O que não se pode fazer é reduzir os níveis de proteção em razão de interesses econômicos”, disse. (Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

::: Rio+20 precisa ‘desambientalizar’ o discurso, diz embaixador brasileiro :::


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A conferência Rio+20 deve abandonar temas comuns nos encontros mundiais sobre o meio ambiente. O foco das discussões do evento, que reunirá mais de 180 representantes de países no Rio de Janeiro, em 2012, deve voltar-se para a economia verde.
O tema vai ser tratado através de debates tanto sobre o uso da água quanto sobre a sustentabilidade nas cidades e a geração de energia.
“Estamos fatigados das conferências. Já tivemos o suficiente”, disse um dos organizadores da Rio+20, o diplomata André Corrêa do Lago, em entrevista ao jornal inglês “The Guardian”. “A economia verde pode ajudar a erradicar a pobreza”.
O sucesso das discussões da Rio+20 vai depender do sucesso da próxima Conferência do Clima, em dezembro de 2011, em Durban, na África do Sul. Segundo o diplomata, caso a conferência de Durban termine sem acordos significativos para a redução de gases que aquecem o planeta, os negociadores podem chegar à Rio+20 desacreditados. “Durban vai ter um impacto sobre o Rio. Se for tudo bem, as pessoas vão chegar ao Rio acreditando no sistema multilateral”, disse Corrêa.
Tendência – A mudança de foco da Conferência seria uma tendência. Em 1992, quando ocorreu a Eco-92, o Brasil foi palco do primeiro grande acordo mundial em prol da conservação da biodiversidade e do combate às mudanças climáticas.
A conferência também pode ser um marco para os países em desenvolvimento. Segundo o diplomata, na Rio+20 essas nações devem assumir uma posição de liderança nos acordos mundiais sobre meio ambiente. “Mas isso não deve ser mal interpretado, por alguns países, como um momento em que devemos assumir mais obrigações.
China, Índia, África do Sul e o Brasil estão conscientes de que são países em desenvolvimento. Estamos convencidos de que não podemos ser comparados a países que possuem tecnologia e condições financeiras melhores”, concluiu. (Fonte: G1)
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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

::: IP - Instituto de Pesquisas recomendado pelos Auditores INMETRO para ACREDITAÇÃO NBR ISO 17025 :::


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IP INSTITUTO DE PESQUISAS, o Laboratório de Ensaios Especializados do Grupo Ghanem, recebeu nessa tarde a recomendação dos Auditores do INMETRO para a ACREDITAÇÃO NBR ISO 17025!!!

É um reconhecimento diferenciado/especial do Sistema de Gestão implementado, que garante a qualidade analítica dos nossos ensaios laboratoriais!
Parabéns a todos os profissionais do Grupo Ghanem por essa importante conquista!

O IP será o primeiro laboratório privado de ensaios de SC a ser acreditado no escopo químico de análise de água e efluentes!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

::: Crescente uso de agrotóxicos gera insegurança alimentar :::


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A produção de alimentos dependente do uso de agrotóxicos, para acabar com a fome, é um dos argumentos do agronegócio que é desmontado quando assistimos o documentário “O Veneno está na Mesa”, de Silvio Tendler, exibido no auditório do Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul (MPE/RS). O cultivo de monocultura, que vem tomando o lugar da biodiversidade, reduziu o repertório alimentar. Ancestralmente, já chegou a sete mil itens em um ano. Hoje, consumimos apenas 18 tipos de alimentos. A nutricionista e presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS (Consea/RS), Regina Miranda, disse, após a exibição do documentário, que a situação de insegurança alimentar ocorre devido ao uso e abuso de agrotóxicos na produção de alimentos.

Segundo Leonardo Melgarejo, representante do Ministério de Desenvolvimento Agrário na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), um dos debatedores do evento, o limite de resíduos de agrotóxicos na soja, por exemplo, aumentou 50 vezes a partir da introdução da soja transgênica. Tendler ilustra em seu documentário que as aplicações de herbicidas, em vez de diminuírem, como dizia a propaganda em favor das sementes geneticamente modificadas, aumentaram para o número de oito, como ocorre com a soja.

Outra debatedora, Maria José Guazelli, engenheira agrônoma e fundadora do Centro Ecológico de IPÊ/RS, acrescentou que há plantação de pêssego no interior do Estado onde a pulverização é feita 36 vezes por safra. “A situação é bem pior do que mostra o documentário de Tendler. Falta perspectiva para o agricultor, que perdeu o conhecimento de como se produz alimentos e é pressionado pelas indústrias através dos vendedores de agrotóxicos que batem todo dia à sua porta,” contou. O fato de os financiamentos para os plantios condicionarem o uso das tecnologias desenvolvidas para a guerra e a morte, como retrata “O Veneno está na Mesa”, também foi muito criticado pelos debatedores e pelo público participante.

Orgânicos - Para reverter a situação, a idéia de adquirir alimentos saudáveis de produtores locais e orgânicos, cujo modo de produção possa ser conhecido e acompanhado pelo consumidor, surgiu a partir dos participantes do debate. “Há quem produza sem agrotóxicos. Em Porto Alegre, há onde comprar em, pelo menos, oito lugares por semana. Então, quando escolhemos o nosso alimento, estamos apoiando aquele modo de produzir,” disse Maria José.

A promotora de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE) Miriam Balestro, acredita que a pressão popular, que ajudou a consolidar os direitos humanos, precisa acontecer novamente para consolidar o direito a uma alimentação adequada - um direito previsto constitucionalmente e ratificado pelo Brasil em diversos acordos internacionais. “A sociedade civil deve encaminhar as denúncias ao Ministério Público, para que seja possível a identificação de onde está havendo a violação dos direitos,” disse.

O debate foi uma atividade da Tenda da Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, que oferecerá atividades gratuitas durante a V Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS (V CESANS RS). O evento inicia nesta quarta-feira (15) e vai até sábado (17), no Teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa. A Conferência trará o desafio da “Implantação do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS”.


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terça-feira, 13 de setembro de 2011

::: Vidro inteligente reage a variação no clima :::

Durante o inverno, o vidro funciona como um bloqueador térmico, evitando que o calor interno da casa ou do edifício escape. No verão ele faz o oposto. [Imagem: Zhang et al.]


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Inteligência vítrea
Engenheiros da China e dos Estados Unidos criaram um novo vidro inteligente que é capaz de reagir de acordo com a temperatura ambiente.

Durante o inverno, o vidro funciona como um bloqueador térmico, evitando que o calor interno da casa ou do edifício escape.

Durante o verão, o vidro reflete a radiação infravermelha, evitando o aquecimento do ambiente interno.
E tudo de forma automática, sem qualquer atuação externa - a "inteligência" é embutida no vidro.

Janelas inteligentes
O Dr. Zhong Lin Wang, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, tem um longo histórico de trabalho com materiais piezoelétricos e nanogeradores.

Agora ele usou sua experiência com óxidos e cerâmicas para criar um material composto por várias camadas que se mostrou uma solução promissora para a criação das janelas inteligentes.

O material primário é o dióxido de vanádio (VO2), que muda de um estado transparente em baixas temperaturas - permitindo que a radiação infravermelha passe - para um estado semi-transparente em altas temperaturas - deixando a radiação infravermelha do lado de fora.

Mesmo no seu estado semi-transparente, o material deixa a luz visível passar, mostrando a seletividade desejada quando o assunto é lidar com o calor - por isso ele é chamado de material termocrômico.

Cristalinidade
Mas o VO2 tem lá seus problemas: ele não é um bom isolante térmico e só pode ser produzido em temperaturas muito altas.

Entra em cena uma camada de óxido de estanho (SnO2) dopada com pequenas quantidades de flúor, criando um composto conhecido como FTO (iniciais dos elementos em inglês: Fluorine, Tin, Oxygen).
A camada de FTO melhora a cristalinidade da película de dióxido de vanádio e baixa sua temperatura de síntese para algo em torno de 390°C.

Finalmente é adicionada ao vidro uma camada anti-reflexiva de óxido de titânio (TiO2).

"Nossos resultados demonstram uma nova abordagem na combinação do termocromismo e da baixa emissividade para aplicações tais como janelas que permitam a economia de energia," escrevem os pesquisadores.



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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

::: Resíduo de tratamento de água é usado em cimento para calçadas :::


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Lodo de tratamento de água
Pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da USP, mostraram que o lodo produzido em Estação de Tratamento de Água (ETA) pode ser usado na confecção de concreto para recomposição de calçadas.

O reaproveitamento evita que o lodo seja lançado na natureza, contaminando o ambiente. O concreto pronto tem a propriedade de encapsular resíduos metálicos perigosos presentes no lodo, evitando que causem riscos à saúde.

"Este resíduo normalmente não é reaproveitado, sendo simplesmente descartado em corpos hídricos, podendo atingir áreas de mananciais e comprometer o abastecimento de água", conta o professor Valdir Schalch, que coordenou a pesquisa.

Tratamento do resíduo
Na ETA foi utilizado o Cloreto de Polialumínio Composto (PAC), um produto químico que é aplicado para induzir a formação do lodo por meio de coagulação.

O resíduo foi levado para o Laboratório de Saneamento da EESC, onde passou por ensaios de lixiviação e solubilização.

Em seguida, foram feitos os ensaios de utilização do lodo na produção de concreto.
Os pesquisadores elaboraram três traços de concreto, cada um com diferentes proporções de lodo, cimento, areia e brita.

"Os melhores resultados surgiram com teores de lodo em torno de 10% na mistura", destaca Schalch. "A espessura para que o concreto possa ser aproveitado em calçadas é de aproximadamente 5 centímetros."

Encapsulação
Apesar de não ser perigoso e nem inerte, o lodo contém teores elevados de cádmio, chumbo e manganês, metais que podem trazer riscos à saúde humana.

"Quando o concreto é utilizado na calçada, esses metais ficam encapsulados, e o risco de contaminação se torna bastante reduzido," ressalta o professor.

De acordo com Schalch, o uso do lodo para confecção de blocos usados na construção de casas e edifícios não é recomendado, pois não existem normatizações reguladoras específicas, o que levou a sua utilização em calçamentos. "O concreto apresentou resultados satisfatórios para ser utilizado em recomposição de calçadas", acrescenta.

O reaproveitamento do lodo diminui os custos da destinação final do resíduo.

"A nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, regulamentada pelo Decreto 7.404/2010, no que diz respeito aos resíduos de serviços públicos de saneamento básico, estabelece que eles não devem ser lançados em corpos hídricos, como rios e lagos", afirma o professor. "Por isso, a reutilização para produção de concreto é uma alternativa ambientalmente adequada".

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sábado, 3 de setembro de 2011

::: Descoberto rio subterrâneo embaixo do Rio Amazonas :::

Ao contrário do que se possa imaginar, o rio subterrâneo não corre por um enorme "túnel" nas profundezas da Terra, mas permeia através dos poros das rochas sedimentares.[Imagem: ON]

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O estado do Amazonas pode ter não apenas o maior rio do mundo em volume de água, mas também o maior rio subterrâneo do mundo.
Esta é a impressionante conclusão de um estudo feito pelos pesquisadores Valiya Hamza e Elizabeth Pimentel, do Observatório Nacional, localizado no Rio de Janeiro.

Rio Hamza
O rio subterrâneo foi descoberto analisando-se dados de 241 poços de grande profundidade, feitos pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980. Mas, em vez de petróleo, os geofísicos podem ter encontrado o maior rio subterrâneo do mundo.

Os pesquisadores batizaram provisoriamente o rio subterrâneo de Rio Hamza, em homenagem ao professor que coordenou a pesquisa.

Os dados obtidos com a perfuração dos poços permitiram a identificação de um grande movimento de águas subterrâneas em profundidades de até 4.000 metros, localizado sob as bacias sedimentares dos rios Acre, Solimões, Amazonas, Marajó e Barreirinhas.
Mas o rio subterrâneo pode se estender por outras áreas, uma vez que os poços profundos perfurados pela Petrobras cobrem apenas uma parte da região amazônica.

Rios amazônicos
Segundo Elizabeth, o fluxo de águas subterrâneas é predominantemente vertical até cerca de 2.000 metros de profundidade, mas muda de direção e torna-se quase horizontal em profundidades maiores.

O rio subterrâneo corre de oeste para leste, iniciando na região de Acre, passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó e alcançando as profundezas do mar, nas adjacências de Foz de Amazonas.
Segundo Prof. Hamza, os dados indicam que se trata de de um rio subterrâneo debaixo de Rio Amazonas.

De acordo com essa interpretação, a região Amazônica possui dois sistemas de descargas de fluidos: a drenagem fluvial na superfície, que constitui o Rio Amazonas, e o fluxo oculto das águas subterrâneas através das camadas sedimentares profundas, formadas por rochas porosas, por onde a água flui.

Dados do rio subterrâneo
Os dados geofísicos, contudo, indicam uma grande diferença na vazão dos dois rios: a vazão média do Rio Amazonas é estimada em cerca de 133.000 metros cúbicos por segundo (m3/s), enquanto a vazão do rio subterrâneo é estimada em 3.090 m3/s.
Embora pareça pouco em relação ao Amazonas, esse volume de água é superior à vazão média do Rio São Francisco.

A largura do Rio Amazonas varia de 1 a 100 quilômetros na área de estudo, enquanto o Rio Hamza varia de duzentos a quatrocentos quilômetros.
As águas do Rio Amazonas têm uma velocidade que varia de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo das condições geográficas, enquanto o rio subterrâneo é imensamente mais lento, na faixa de 10 a 100 metros por ano.

Isso ocorre porque, ao contrário do que se possa imaginar, o rio subterrâneo não corre por um enorme "túnel" nas profundezas da Terra, mas permeia através dos poros das rochas sedimentares.

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