sexta-feira, 27 de maio de 2011

::: Inteligência artificial detecta falta de mineral em plantas :::


 
 
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Os prejuízos nas safras de milho poderão a partir de agora ser evitados precocemente e em poucos minutos, graças a uma tecnologia que combina visão computacional e inteligência artificial.
O sistema, que permite a verificação nutricional da planta, foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP.
Modelo matemático da planta
"A inovação consiste no exame da folha em estágios iniciais da fase vegetativa por intermédio de um escâner", conta o professor Odemir Martinez Bruno, do IFSC. "A imagem da folha digitalizada é transformada em um modelo matemático que é comparado com outros já estabelecidos."
A inteligência artificial é usada para identificar o padrão da folha e encaixá-lo em um modelo.
O processo dura poucos minutos e, a partir destas informações, o produtor saberá as deficiências nutricionais da planta, tanto dos macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre), quanto dos micronutrientes (boro, molibdênio, cobre, ferro, zinco e manganês).
Utilizando técnicas de reconhecimento de padrões e inteligência artificial, os pesquisadores constituíram um modelo matemático da planta com as quantidades ideais de todos os nutrientes minerais.
"A partir do escaneamento das folhas, é possível traçar outro modelo matemático e compará-lo ao existente", descreve Bruno.
O reconhecimento é feito por intermédio de um software que identifica as possíveis deficiências de nutrientes pré-determinadas pelos modelos gerados por intermédio das imagens das plantas, submetidas a diferentes níveis de nutrição.
Relatório nutricional da planta
Bruno explica que, na prática, bastará ao agricultor ir à plantação com um escâner de mão, obter a imagem da folha e, com um notebook, realizar a operação de reconhecimento. "O computador emitirá, em poucos minutos, uma espécie de relatório nutricional da planta", estima o pesquisador.
O projeto está em sua primeira fase. Até o momento, todos os testes foram realizados em laboratório, no campus de Pirassununga, onde as plantas foram cultivadas em ambiente controlado.
"Nesta fase os resultados mostraram-se positivos, e o sistema demonstrou eficiência na identificação do estado nutricional do milho", comemora o pesquisador.
Os experimentos estão agora em fase de execução no campo, para testar o sistema em escala comercial. Os testes foram feitos com híbridos comerciais de milho, mas o professor informa que o projeto se estenderá para o estudo de outros híbridos e outras culturas, como soja, café e feijão, entre outras.
Salvação da lavoura
Em geral, a identificação do estado nutricional na cultura do milho acontece quando a planta está em fase reprodutiva.
"Analisa-se quimicamente o tecido vegetal (as folhas) das plantas. Para tanto, o produtor recolhe amostras das folhas e as encaminha para laboratórios ou órgãos específicos, o que demanda certo tempo e custo", explica Bruno.
Tal análise servirá de parâmetro apenas para correções para a próxima safra, uma vez que não haverá mais tempo para qualquer correção na safra que foi analisada.
Desta forma, o novo método pode ser uma ferramenta eficiente no diagnóstico precoce das deficiências nutricionais, possibilitando correções no cultivo evitando e perdas na safra em curso.
Fonte: Com informações da Agência USP - 12/05/2011

Postado por: Monique Amin Ghanem
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quarta-feira, 25 de maio de 2011

::: Impactos climáticos na Amazônia :::

 
 
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O aumento na temperatura e o decréscimo das chuvas na Amazônia acima da variação global média esperadas são as principais conclusões do relatório final do projeto Riscos das Mudanças Climáticas no Brasil – Análise conjunta Brasil-Reino Unido sobre os Impactos das Mudanças Climáticas e do Desmatamento na Amazônia, divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Met Office Hadley Centre (MOHC).
O documento é resultado de três anos de trabalho de pesquisadores do Reino Unido e do Brasil, com financiamento da Embaixada Britânica. Os estudos mostram a importância da Amazônia para o clima global e como provedora de serviços ambientais para o Brasil.
O objetivo do projeto é subsidiar os formuladores de políticas com evidências científicas das mudanças climáticas e de seus possíveis impactos no Brasil, na América do Sul e em nível global.
“A experiência do MOHC, líder mundial em modelagem climática, aliada à experiência do Inpe em estudos sobre mudanças climáticas na América do Sul possibilitaram a identificação de possíveis cenários e impactos, com projeções inovadoras dos efeitos das mudanças climáticas antrópicas na região”, disse José Marengo, pesquisador do Inpe, que coordenou o projeto no Brasil.
O projeto utilizou um conjunto de modelos globais e regionais desenvolvidos pelo MOHC e pelo Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Inpe para projetar efeitos das emissões de gases de efeito estufa no clima do mundo e fornecer mais detalhes sobre o Brasil. Embora as projeções abranjam todo o país, o foco do relatório se concentra na Amazônia, área de preocupação nacional, regional e mundial.
O projeto foi criado pelo Fundo para Programas Estratégicos do Governo do Reino Unido, antigo Global Opportunity Fund (GOF). O trabalho terá continuidade como parte do programa científico do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas e da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais, sediados no Inpe.
(Fonte: Agência Fapesp)
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::: Participação da Sessão de Negócios ACIJ



Monique Ghanem participará da Sessão de Negócios hoje (25/05), as 17h30 na ACIJ.
Irá apresentar o Laboratório Ghanem e o IP.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

::: Engenheiros inventam tenda que vira concreto quando molhada :::


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Dois engenheiros britânicos inventaram uma tenda que, ao ser regada com água, se transforma em um abrigo de concreto. A invenção de Peter Brewin e Will Crawford ganhou diversos prêmios e já está sendo usada em países em desenvolvimento, como na Etiópia.

A tenda produzida pelos engenheiros é inflável. Do lado de dentro, há um revestimento de plástico, e por fora ela é feita com o tecido especial, que contém concreto. Uma vez inflada, a tenda é presa ao chão com pregos de metal. Em seguida, ela é regada com água, que não precisa necessariamente ser potável ou doce.

Em 24 horas, o tecido de concreto endurece e a tenda está pronta para ser usada. Os engenheiros estimam que com uma hora de trabalho duas pessoas conseguem erguer uma tenda que ocupa 54 metros quadrados.

Com em prédios normais, a tenda pode ser perfurada e receber fiação, tomadas e luzes no teto. Eles dizem que as tendas são alternativas viáveis para campos de refugiados, já que os abrigos podem durar décadas, são a prova de fogo, podem ser fechados com portas e não atingem grandes temperaturas sob o sol.

Custo – Atualmente o maior problema da invenção é o seu alto custo. Cada tenda custa US$ 16 mil (mais de R$ 25 mil).

Brewin admite que o preço é alto, sobretudo para entidades que trabalham em países pobres e possuem recursos limitados. O engenheiro diz que o problema do custo pode ser resolvido se houver maior demanda no futuro.

“Se nós estivéssemos produzindo em escala, nós poderíamos cortar substancialmente uma parte do custo. Mas para atrair esse tipo de pedidos, nós teríamos que já ter um preço mais barato agora”, diz Brewin.

“Se você a compara com uma tenda comum, ela é mais cara e mais pesada. Se você a compara a um prédio permanente, ela é mais leve e mais rápida [de ser construída].”

A novidade já foi testada na Etiópia, para auxiliar em projetos de agricultura. Os engenheiros estão atualmente trabalhando com entidades no Japão, para ajudar no processo de reconstrução das áreas atingidas pelo tsunami em março deste ano.
(Fonte: G1)

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quinta-feira, 19 de maio de 2011

::: Avião solar :::

 
 
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Um avião experimental movido totalmente a energia solar realizou seu primeiro voo internacional nesta sexta-feira.

O aparelho chamado Solar Impulse ("Impulso Solar", em inglês) saiu do aeroporto de Payerne, na Suíça, em direção a Bruxelas, na Bélgica.

A viagem de doze horas é um teste para a capacidade do Solar Impulse de fazer percursos usados por aviões comerciais.

No ano passado, a aeronave já bateu o recorde de maior tempo de voo obtido por um avião movido a energia solar, ficando no ar por 26 horas, 10 minutos e 19 segundos. O primeiro voo do avião solar foi realizado em Abril de 2010.

O Solar Impulse, que tem capacidade para apenas um tripulante, já realizou diversos voos dentro da Suíça - como entre os aeroportos de Genebra e Zurique, por exemplo.

"Pilotar uma aeronave como a Solar Impulse pelo espaço aéreo europeu e pousar em um aeroporto internacional é um desafio incrível para todos nós, e o sucesso disso depende do apoio das autoridades", diz o piloto e co-criador do avião, Andre Borschberg.

Em um prazo de até três anos, a equipe do Solar Impulse planeja realizar voos transatlânticos e completar uma volta ao mundo, sempre em missões tripuladas.

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

::: XV Seminário Anual PAEX-SC :::

 
 
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Dias 22 e 23/05 Monique estará participando do XV Seminário Anual PAEX-SC.
Evento promovido pela Fundação Dom Cabral, a sexta melhor Escola de Negócios do Mundo, pelo ranking do Financial Times.
Esse ano, o evento terá como tema central: “Desafio Empresariais: Da Gestão à Governança” e tratará de questões ligadas a longevidade da organização, apoiando-se em cinco perspectivas principais: Econômicos, Estruturais, Gestão Empresarial, Pessoas, Inovação, Sucessão e Governança.

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

::: Fotossíntese artificial: avanço na geração de hidrogênio por energia solar :::


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Células fotoeletroquímicas

Da mesma forma que as plantas usam a fotossíntese para transformar a luz solar em energia, as células solares fotoeletroquímicas usam a luz solar para induzir reações químicas que, em última análise geram hidrogênio a partir da água.
Ainda em estágio inicial de desenvolvimento, essa tecnologia é promissora porque permite uma geração de energia absolutamente limpa: a energia solar é usada para produzir o hidrogênio, que por sua vez pode ser consumido em células a combustível, cujo único subproduto é a água, para gerar eletricidade.
Também conhecidas como células de Gratzel, as células fotoeletroquímicas usam um material semicondutor sensível à luz, como o óxido de cobre, para fornecer a corrente necessária para alimentar a reação.
Embora seja barato e largamente disponível, o óxido de cobre é instável quando exposto à luz na água.

Revestimento salvador
Adriana Paracchino e Elias Thimsen, membros da equipe do Dr. Michael Gratzel, idealizador da tecnologia, descobriram que o problema da instabilidade do cobre pode ser resolvido revestindo os semicondutores com uma fina película com poucos átomos de espessura.
Esse revestimento pode ser criado usando uma técnica, já usada industrialmente, chamada como deposição de camadas atômicas (ALD: Atomic Layer Deposition). A precisão dessa técnica é tamanha que a espessura da camada pode ser controlada com precisão de um átomo.
Com isto, o óxido cuproso é protegido de forma muito eficaz contra o contato com a água, tornando possível usá-lo como o semicondutor da célula fotoeletroquímica.

Deficiência
As vantagens dessa ação salvadora são muitas: o óxido de cobre é abundante e barato, a camada de proteção é completamente impermeável, independentemente da rugosidade da superfície, e o processo pode ser facilmente expandido para escala industrial.
O revestimento é formado por duas camadas superpostas, uma de óxido de zinco e outra de óxido de titânio, que mantêm a eficiência da célula na produção de hidrogênio - no atual estágio, essa "eficiência" ainda é bastante baixa.
O próximo passo da pesquisa será otimizar as propriedades elétricas da camada protetora, na tentativa de aumentar a eficiência geral da célula.

Bibliografia:
Highly active oxide photocathode for photoelectrochemical water reduction
Adriana Paracchino, Vincent Laporte, Kevin Sivula, Michael Grätzel, Elijah Thimsen
Nature Materials
08 May 2011
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nmat3017


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sexta-feira, 13 de maio de 2011

::: Corrida Todos pelo Diabetes :::

 
 
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IP - Instituto de Pesquisas doou três camisetas para seus profissionais para apoiar a Corrida e Caminhada Todos Pelo Diabetes.


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quinta-feira, 12 de maio de 2011

::: Brasil inicia processo para instalação da logística reversa :::


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A partir do segundo semestre de 2012, o Brasil vai poder experimentar uma nova forma de lidar com o descarte de cinco grupos de resíduos. Os brasileiros poderão ter regras fixas, determinadas pelo Governo Federal, para dispor de produtos como eletroeletrônicos; remédios; embalagens; resíduos e embalagens de óleos lubrificantes; e lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista.
É o início do processo para a instalação da logística reversa, o principal instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Sua implementação vai garantir o aumento do percentual de reciclagem no Brasil. Atualmente, o País recicla muito pouco. Um percentual de resíduos secos que podia atingir a casa dos 30%, não passa hoje de cerca de 13%.
A lei definiu que na logística reversa, todos os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e o cidadãos têm responsabilidade compartilhada na correta destinação do produto adquirido. A ideia central é que a vida útil do produto não termina após ser consumido, mas volta a seu ciclo de vida, para reaproveitamento, ou para uma destinação ambientalmente adequada.
Outro caminho que vai garantir ao Brasil o aumento da reciclagem é o da coleta seletiva. Além de significar uma economia anual aos cofres da União da ordem de R$ 8 bilhões, o aumento da reciclagem terá também o condão de evitar que esses resíduos cheguem aos aterros sanitários.
Lançamento - Nesta quinta-feira, 5 de maio, foram instalados cinco grupos de trabalho para implementar este tipo de logística. As cadeias que farão parte deste primeiro grupo são: eletroeletrônicos; lâmpadas de vapores mercuriais, sódio e mista; embalagens em geral; embalagens e resíduos de óleos lubrificantes; e o descarte de medicamento.
Na abertura dos trabalhos, o secretário-executivo do MMA, Francisco Gaetani, que representou a ministra Izabella Teixeira, disse que a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) não seria possível sem o engajamento de todos os setores envolvidos. “O Governo Federal tem o propósito de dialogar com todos esses setores. A PNRS é exemplar neste sentido, pois apostou no processo de discussão para que as políticas públicas fossem apropriadas”.
Segundo Gaetani, a aprovação da PNRS representa um debate nacional, que envolve qualidade de vida, novas práticas comerciais, novos padrões de comportamento.
A secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (Saic), Samyra Crespo, disse que a responsabilidade compartilhada é um exercício entre vários setores e o Governo que se encontraram para pactuar o consenso.
Esses grupos de trabalho vão debater e definir quais os tipos de produtos de cada cadeia e os tipos de resíduos que serão submetidos à logística reversa. Estão convidados a participar destes grupos todos os atores envolvidos dentro da cadeia de responsabilidade compartilhada, como importadores, fabricantes, distribuidores, comerciantes, o Movimento Nacional de Catadores de Material Reciclável, representantes dos estados e dos municípios.
Num primeiro momento, a finalidade dos grupos de trabalho será a de definir essa modelagem, determinando, por exemplo, como será custeado todo o processo e quem vai arcar com ele. A segunda etapa será a elaboração de um estudo de viabilidade técnica-econômica para as cadeias e depois a definição de subsídios para elaboração de um edital onde o Governo Federal convoca um acordo setorial para cada uma das cadeias.
No edital estarão definidas quais as cadeias e quais os produtos da logística. “Estamos escutando todos os que participam de cada uma das cadeias, de tal forma que quando o edital for elaborado não ocorram surpresas quanto à apresentação dos acordos setoriais que vão colocar a logística de pé”, informa Silvério.
O processo começa com lançamento do edital e depois com realização dos acordos setoriais. Em seguida, o Governo Federal coloca as propostas definidas em consulta pública, quando e onde o cidadão terá oportunidade de opinar, de argumentar e dizer se concorda com os termos. O Governo então analisa a proposta e, estando de acordo com o edital, convoca as partes para ratificarem um acordo setorial. Um contrato é assinado, publicado e passa a valer para o País todo.
Em seu artigo 33, a lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, diz que são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Dos que são obrigatórios pela PNRS a fazer logística reversa, quatro já o fazem. São eles: agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus e óleos lubrificantes.
Exemplo - A logística de óleo lubrificante é uma logística que funciona bem no País, por determinação de resoluções já vigentes. Mas é preciso evoluir o processo de reciclagem das embalagens e dos resíduos dos óleos lubrificantes.
Outro bom exemplo de responsabilidade pós-consumo em nosso País ocorre com relação às embalagens vazias de agrotóxicos. De acordo com Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), nos primeiros três meses do ano foram encaminhadas para o descarte ambientalmente correto mais de 8 mil de toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas.
Segundo dados do InpEV, o volume representa crescimento de 17% em relação ao mesmo período de 2010, quando foram processadas 6 mil e novecentas toneladas. Somente em março, as unidades de recebimento do País retiraram perto de 3 mil toneladas de embalagens do campo e cerca de 90% desse material seguiram para reciclagem.
Grupo de Trabalho Temático – O GTT de Medicamentos conclui os trabalhos em outubro de 2011, após sete meses de discussões dentro do Grupo criado em 16 de março pelo Comitê Orientador para Implantação da Logística Reversa. O Grupo é coordenado pelo Ministério da Saúde.
Durante esse período, o comitê debate, entre outras questões, quais medicamentos serão objeto do Acordo Setorial; a metodologia para avaliação dos impactos sociais e econômicos da logística reversa; a modelagem do sistema proposto; a implementação da governança para implementação do acordo setorial; e o estudo de viabilidade técnica.
O correto descarte de medicamentos já vinha sendo debatido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), coordenadora do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). A Anvisa tratou o tema de forma conjunta com os vários segmentos da cadeia produtiva, envolvendo o Governo Federal, o setor empresarial, as vigilâncias sanitárias estaduais e municipais e a população.
GTT – Embalagens – Um quinto dos resíduos produzidos no Brasil é composto por embalagens. São 25 mil toneladas diárias descartadas. No restante do mundo, as embalagens são responsáveis por um terço dos resíduos domésticos, sendo 80% delas descartadas imediatamente após seu uso original. Os materiais utilizados na sua confecção são os mais variados, como vidro, plástico, aço, alumínio, papel-cartão e outros.
Essa gama de embalagens acaba dificultando a identificação pelo consumidor de como encaminhá-las para a reciclagem. Por tudo isso é que a logística reversa de embalagens tem por objetivo o desenvolvimento de embalagens com menor consumo de recursos naturais em sua fabricação, maior separação dos materiais e um maior índice de reciclagem destes materiais, reduzindo o volume de resíduos descartados e da pressão pelo meio ambiente.
O Grupo de Trabalho Temático de Embalagens (GTT Embalagens), criado após a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, tem entre seus objetivos elaborar proposta de modelagem da logística reversa para embalagens em geral, excluídas as embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes.
GTT – Eletroeletrônico – O termo resíduos eletroeletrônicos abriga inúmeros tipos de resíduos, incluindo, por exemplo, televisores, geladeiras, celulares, telefones, computadores (a CPU propriamente dita e todos seus periféricos como impressoras, monitores, teclados, mouses, etc), fogões, aspiradores-de-pó, ventiladores, congeladores, aparelhos-de-som, condicionadores-de-ar, batedeiras, liquidificadores.
Do ponto de vista ambiental, é grande a importância que se tem atribuído aos computadores pela velocidade de disseminação de seu uso e pela rapidez com que se torna obsoleto. Exemplifica isso o fato de que no período de 2006/2005, os notebooks apresentaram uma taxa de crescimento equivalente a mais de 110%.
Em termos de vendas para 2009, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee), o mercado total de venda de PCs foi de 12 milhões de unidades, dos quais 7,7 milhões de desktops e 4,3 milhões de notebooks. Estes números apontam para o fato de que 27% dos domicílios particulares dispõem de computadores, segundo fonte do IBGE.
Quanto à telefonia celular, segundo dados constantes do Panorama 2009 da Abinee, foram produzidos em 2008, 73 milhões de unidades, sendo 48 milhões de unidades para atendimento ao mercado interno de 25 milhões para exportação.
Não existe legislação federal para o descarte do resíduo tecnológico. O que existe são resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) que tratam especificamente de alguns desses resíduos, como é o caso de pilhas e baterias (401/2008). Existem também algumas ações no âmbito do Governo Federal como o recolhimento de geladeiras comandado pelo MME e o Programa de Inclusão Digital conduzido pelo Ministério do Planejamento (MPOG) que aceita doações de computadores que são recuperados e distribuídos a instituições que os destinam ao uso de comunidades carentes.
GTT – Resíduos e embalagens de óleos lubrificantes – O processo para a logística reversa de óleos lubrificantes é feita no Brasil desde meados dos anos 50. Seu aperfeiçoamento tem se dado com resoluções normativas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com portarias interministeriais MMA/MME e com a Resolução Conama Nº 362/2005. Para as embalagens dos óleos, no entanto, não existe a estruturação de logística reversa em âmbito nacional, com exceção, para experimentos voluntários de produtores de óleos lubrificantes, localizados em alguns municípios.
A geração dos resíduos provenientes da utilização do óleo combustível cresce com o aumento do consumo, principalmente com a expansão da indústria automobilística, importante fonte geradora de resíduos, sendo que as embalagens e a geração de resíduos são o maior indicador desse crescimento. É sabido que o ciclo de vida do óleo lubrificante usado se inicia na produção do óleo lubrificante básico, oriundo da produção nas refinarias nacionais, importação ou das centrais de rerrefino de óleo usado ou contaminado.
Há cinco anos esta resolução entrou em vigor, a Resolução Conama 362/2005, que trata da coleta e recolhimento de óleos lubrificantes usados e ou contaminados é fruto da revisão da resolução nº 993 e ela inovou em criar um grupo de monitoramento permanente da resolução. Esse grupo é formado por setores do Governo Federal, por órgãos estaduais de meio ambiente, pela sociedade civil e pelo setor empresarial. Este setor, dentro da logística reversa, tem a obrigação em patrocinar a coleta do óleo lubrificante usado contaminado, vulgarmente conhecido como óleo queimado, para trazê-lo ao sistema de rerrefino, sistema que faz com que esse óleo seja transformado em óleo lubrificante de novo, numa proporção de 75% a 80% de aproveitamento.
“Apesar do sucesso da resolução, muito ainda precisa ser feito. A resolução especificou que teria de ser recolhido 30% do óleo usado e contaminado no país. A gente já está conseguindo coletar 35% e a meta é atingir até o meio da desta década algo em torno de 42%, porque ainda há muita margem de recolhimento”, disse Silvério.
Após a utilização do óleo lubrificante são geradas três categorias de resíduos, sendo os óleos usados e contaminados, embalagens plásticas de lubrificantes pós-consumo e embalagens metálicas de lubrificantes pós-consumo. No tocante aos óleos lubrificantes é gerado um resíduo denominado óleo lubrificante usado ou contaminado, resultado da lubrificação das mais variados tipos de máquinas. O mesmo é um resíduo perigoso, com características tóxicas, que lançado na natureza, seja no solo, na água e na atmosfera causa sérios danos ao meio ambiente e à sua saúde humana em geral. Quanto às embalagens, as mesmas quando usadas, possuem restos de óleos lubrificantes e são descartadas em lixões e aterros sanitários.
GTT – Lâmpadas – As lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista possuem metal pesado líquido altamente tóxico para os seres humanos e a vida silvestre. O mercúrio se volatiliza facilmente a temperatura ambiente e tem elevada capacidade de dispersão. É persistente nos ambientes e, por meio de metabolismo microbiano, pode mudar de forma transformando-se em metilmercúrio.
O metilmercúrio tem a capacidade de acumular-se nos organismos e concentrar-se nas cadeias alimentares, principalmente a aquática, contaminando os peixes e tornando-os a principal via de exposição e contaminação.
Não existe legislação brasileira que estabeleça limites de concentração de mercúrio nas lâmpadas e a maioria das empresas fabricantes do material tornaram-se praticamente importadoras. A logística Reversa facilitará a separação dos materiais proporcionando um maior índice de reciclagem no País, com isso reduzindo o volume de resíduos descartados e a pressão sobre o meio ambiente. (Fonte: Suelene Gusmão/ MMA).
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quarta-feira, 11 de maio de 2011

::: Modelagem pode melhorar gerenciamento costeiro :::

 
 
 
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O Sistema de Modelagem Costeira (SMC), desenvolvido na Espanha, será adaptado para o gerenciamento dos cerca de 8 mil quilômetros da costa brasileira. O Ministério do Meio Ambiente vai usar a ferramenta na busca de soluções para prevenir e reduzir o impacto das mudanças climáticas sobre as populações de regiões litorâneas.
Mais de 140 milhões de brasileiros vivem nas 16 metrópoles na região e boa parte já começa a sentir os efeitos da erosão provocada pelo avanço do mar. O bioma é um dos mais vulneráveis aos efeitos do aquecimento global. O desenvolvimento econômico do País agrava as pressões sobre a costa brasileira e aumenta sua vulnerabilidade a desastres naturais, como inundações.
A gerente de Zona Costeira do MMA, Leila Swerts, alertou nesta terça-feira (10), durante seminário internacional que debate a utilização do SMC pelo Brasil, que é fundamental a adesão das instituições nacionais ao projeto. “Precisamos pensar formas de disseminação, investimentos na formação de banco de dados e na capacitação de gestores para a utilização ampla do SMC”, afirmou.
O uso pelo Brasil do SMC na costa brasileira é fruto de acordo de cooperação técnica com a Espanha. De acordo com o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do MMA, Roberto Vizentin, o gerenciamento da costa brasileira ainda é um desafio para as políticas públicas. “Planejamento, gestão e uso sustentável da zona costeira estão muito além da nossa capacidade de adotar as medidas necessárias para enfrentar as mudanças climáticas”, afirmou. Para ele, é necessária uma ampla mobilização, com a participação direta de pesquisadores e estudiosos na produção do conhecimento que o País precisa nessa área.
Com o SMC brasileiro será possível dimensionar problemas como a erosão na costa brasileira e proteção de populações assentadas em regiões abertas com risco de inundações. O sistema é capaz de avaliar o impacto ambiental associado à exploração da indústria de petróleo. Pode, ainda, delimitar as zonas de domínio público e privado ao longo do litoral, o que permite a recuperação de espaços públicos ocupados.
Inclui bases de dados de dinâmicas marinhas, como ondas, correntes, ventos e nível do mar. Sua utilização é considerada um passo decisivo para o aprimoramento do gerenciamento costeiro brasileiro. Sistemas de modelagem são utilizados em vários países.
O Seminário Internacional SMC/Brasil: Apoio à Gestão da Costa Brasileira termina nesta quarta-feira (11), na sede do ICMBio em Brasília. (Fonte: Carine Corrêa/ MMA)

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segunda-feira, 9 de maio de 2011

::: Energias renováveis devem crescer até 2050 e ficarão mais baratas :::

 

 
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Energias renováveis, como eólica ou solar, têm tendência de crescimento até 2050, e os esperados avanços em tecnologia devem trazer importantes reduções de custos, mostrou um estudo da Organização das Nações Unidas divulgado nesta quarta-feira (4).
O mais abrangente panorama do setor da ONU diz que a energia renovável, excluindo-se bioenergia – que consiste basicamente na queima de madeira por países em desenvolvimento para cozinhar ou aquecimento -, pode se expandir de três a 20 vezes até metade deste século.
“O custo da maioria das tecnologias de energia renovável recuou, e significativos avanços técnicos adicionais são previstos”, mostrou o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, na sigla em inglês) em um estudo obtido pela Reuters, baseado na revisão de 164 cenários.
“Mais reduções de custos são previstas, resultando em maior potencial de diminuição das mudanças climáticas e na redução da necessidade de medidas para garantir uma rápida implantação”, disse o comitê. O IPCC se reunirá em Abu Dhabi de 5 a 13 de maio.
O IPCC disse ainda que muitos cenários apontaram para um “substancial aumento na implantação de energia renovável até 2030, 2050 e além disso.”
Em 2008 a produção de energia renovável foi calculada em cerca de 12,9 por cento do suprimento global de energia primária e foi dominada pela bioenergia, com 10,2 por cento, seguido pela geração hidrelétrica, eólica, geotérmica, solar e energia dos oceanos.
A expansão projetada deve continuar mesmo sem novas medidas para promover uma transição de combustíveis fósseis, como parte de uma luta liderada pela ONU contra a mudança climática, disse o IPCC.
(Fonte: Portal iG)

Postado por: Monique Amin Ghanem
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quinta-feira, 5 de maio de 2011

::: Depois de visitação recorde, Parque do Iguaçu estuda limite de turistas :::



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A administração do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Paraná, estuda limitar o número diário de visitantes. No feriado de Sexta-feira Santa, em 22 de abril de 2011, mais de 16 mil pessoas estiveram no parque. Número recorde de visitação em um único dia.
A venda de ingressos pela internet é uma das formas estudadas para que haja uma previsão do número de turistas, principalmente em dias mais movimentados, como é o caso dos feriados prolongados.
De acordo com o diretor do Parque Nacional, Jorge Pegoraro, outra alternativa é trabalhar em parceria com outros atrativos da cidade, para que funcionem nos feriados e nos mesmos horários.
A medida é para que o visitante das Cataratas do Iguaçu possa fazer um passeio de forma confortável e sem tumulto. Em 2011, mais de 500 mil turistas passaram pelo Parque.
 (Fonte: G1)
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quarta-feira, 4 de maio de 2011

::: Os bons ventos que vêm do Sul ::::



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Osório (RS) - Desde o final de 2006, o município gaúcho de Osório conta com o complexo de parques eólicos que hoje é considerado o maior da América Latina. Composto por 75 aerogeradores, distribuídos entre Sangradouro, Osório e Dos Índios, os Parques Eólicos de Osório possuem uma potência instalada de 150 megawatts (MW), sendo capaz de produzir 425 milhões de quilowatt-hora (kWh) por ano de energia. Essa quantidade é o suficiente para abastecer anualmente o consumo residencial de cerca de 750 mil pessoas, o equivalente a metade da população de um município como Porto Alegre.
Em operação comercial a pouco mais de quatro anos, os parques hoje são responsáveis por 16% do total de energia proveniente de fonte eólica em operação no país, segundo a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.
Cada um dos aerogeradores possuem 100 metros de altura, cuja potência individual é de 2 MW. Os cata-ventos, como são popularmente conhecidos, possuem em seu topo um anemômetro e uma biruta, que medem a velocidade e direção do vento. A partir desses dados, direcionam-se na posição do vento e suas hélices (de 35 metros cada) começam a funcionar. Isso ocorre de forma automática, sem a necessidade de serem ‘ligados’ ou ‘desligados’ pela central de operações.
A velocidade mínima de vento que faz as máquinas funcionarem é de 2 m/s, abaixo disso elas ficam paradas, sem gerar energia. A partir de 28 m/s as pás param de girar para evitar danos, já que essa velocidade de vento é detectada como tempestade.
Para otimizar o funcionamento dos parques, os equipamentos recebem quatro manutenções programadas ao ano, que compõem a análise visual, a troca de graxa, revisão elétrica e mecânica. Isso resulta em seis dias de máquina parada durante um ano, tendo cada pausa oito horas de duração.

Pioneiro na América Latina
Todo esse complexo funciona no Rio Grande do Sul sob a administração da Ventos do Sul Energia, que aproveitou o potencial eólico e a boa malha de distribuição de energia do Estado e instalou os parques. A empresa, constituída especificamente para este fim, tem como sócio majoritário o Grupo espanhol Elecnor (com 91% do capital), através de sua subsidiária Enerfín Enervento. Os 9% restantes ficam com a empresa brasileira Wobben Windpower, subsidiária da alemã Enercon, responsável pela tecnologia empregada nos parques.
Os Parques Eólicos de Osório compõem um cenário de pioneirismo no RS. É o primeiro grande projeto de energia eólica na América Latina, despertando atenção internacional pelas suas dimensões, tecnologia de ponta e beleza da região onde se encontra.

Os benefícios da localidade, no entanto, vão muito além da paisagem. O presidente da Ventos do Sul, Telmo Magadan, explica a escolha do município e do Estado para a construção dos parques.
Conforme Magadan, outro fator motivador para o investimento em energia eólica foi o PROINFA – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, do governo federal. Este garante a aquisição pela ELETROBRAS da energia gerada pelos parques durante 20 anos.
Assim, em 2004 a Enerfín candidatou-se para concorrer ao PROINFA e ganhou a habilitação para a instalação dos 150 MW de produção de energia em Osório. Apenas dois anos depois, os três parques estavam construídos, cada um com 25 aerogeradores, o que resulta em uma potência de 50 MW por parque.
Com um investimento de R$ 670 milhões, de capital inteiramente privado, não-especulativo, foi possível construir esse complexo de energia eólica. Do total, R$ 465 milhões foram financiados pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Os benefícios multilaterais

Crédito: Rafael Barfknecht
A geração de energia limpa e renovável proporcionada pelos Parques Eólicos de Osório trouxe múltiplos benefícios. Anualmente, evita-se a emissão de cerca de 150 mil toneladas de dóxido de carbono (CO2) na atmosfera com a geração da energia através do vento.
No que se refere ao município de Osório, o prefeito Romildo Bolzan Júnior afirma que a cidade é outra depois do empreendimento. “Estamos em um novo momento, pois os parques geraram para nós um reconhecimento nacional e internacional. Viramos referência em tecnologia de energia eólica”, conta.
O prefeito também ressalta o retorno financeiro à região, já que durante e após a implantação dos parques foi gerado um bom tributo de ISS – Imposto Sobre Serviços. “O empreendimento movimentou toda a economia no período da construção e a arrecadação não reduziu depois. Junto a isso agregou outros valores a Osório, como o turismo. Assim, posso garantir que não houve aspectos negativos, só ganhamos com os parques eólicos”, exalta.
O presidente da Ventos do Sul lembra também que a fauna e a flora da região onde os parques foram instalados mantiveram-se preservadas. Ao andar pelo local, percebe-se a convivência harmoniosa entre o meio ambiente e os aerogeradores. Inclusive, as terras utilizadas pela empresa são locadas diretamente com os proprietários, que mantiveram as suas atividades produtivas na região.
Outro aspecto importante foi os estudos e monitoramento ambiental realizados durante os três anos que precederam a construção do empreendimento. “Dez mestres e doutores em meio ambiente percorreram toda a costa gaúcha e fizeram um inventário precursor da região”, explica Magadan. Os resultados servem como fonte de consulta para a Fepam/RS – Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – e para futuros projetos na área eólica.
Em relação à rentabilidade empresarial, Magadan garante que há retorno financeiro significativo na administração de um parque eólico, mesmo sem revelar os números. “Posso afirmar que essa energia é competitiva no mercado e nos proporciona rentabilidade, até porque se não trouxesse estaria gerando inadimplência”, observa.

Do ponto de vista da pesquisadora em energia eólica e doutora em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Adriane Prisco Petry, as vantagens dos parques eólicos são mais evidentes se comparados aos impactos causados pela construção de termoelétrica e hidrelétrica.

Perspectivas para o futuro eólico do Brasil
A engenheira Adriane Petry acredita que o papel da energia eólica na matriz nacional pode e deve aumentar significativamente, ultrapassando em muito a participação atual de menos de 1%. Para aumentar o investimento empresarial nessa área, Adriane sugere que o Governo Federal garanta a realização anual de leilões de energias renováveis, por exemplo.
Por seu regime de ventos e boa infra-estrutura, o Rio Grande do Sul continua sendo a opção de instituições privadas que pretendem construir outros parques eólicos no país. A própria Enerfín do Brasil concluiu, em dezembro de 2010, a construção de um pequeno parque no município de Palmares do Sul, com quatro aerogeradores que somam a potência de 8 MW. A empresa vai instalar mais 42 MW no local até 2012, o que vai totalizar 25 aerogeradores que ficarão a cargo da Parques Eólicos Palmares S/A. O Grupo espanhol Impel, em parceria com a indiana Suzlon, também pretende investir em solo gaúcho, na cidade de Tapes (às margens da Lagos dos Patos), com previsão de instalação de 280 cata-ventos.
A partir dessas perspectivas, Adriane destaca que o cenário da geração de energia no Brasil está sendo modificado de alguma forma. “Acho que as políticas públicas, aos poucos, estão mostrando uma preocupação cada vez maior com a implementação de energias renováveis e limpas em detrimento das outras. Mas acredito que é preciso investir mais no desenvolvimento tecnológico do país, para criar uma indústria nacional voltada para a energia eólica, por exemplo, o que poderia diminuir ainda mais os custos e agilizar as construções dos empreendimentos”, afirma.
No entanto, ela lembra que essa energia deve manter-se funcionando como complementar a outras fontes, já que não se pode depender exclusivamente dos ventos, devido à sua variabilidade.
Fonte: Site OECO
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terça-feira, 3 de maio de 2011

::: Terremotos alteram eixo da Terra, mas não mudam clima :::



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Pesquisadores do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato), da agência espacial americana Nasa, calculam que o terremoto recente no Japão deslocou o eixo rotacional da Terra em mais de 16,5 centímetros, alterando levemente a distribuição de massa no planeta.
Mas, segundo Allegra N. LeGrande, do Centro de Pesquisa de Sistemas Climáticas da Universidade Columbia, “alterações naturais na massa da Terra na atmosfera e oceanos também causam mudanças de aproximadamente 99 centímetros no eixo rotacional todo ano”, diz.
“Trocando em miúdos, as mudanças ligadas a terremotos são muito menores do que as alterações imperceptíveis que acabam ocorrendo todos os anos”, diz.
De acordo com LeGrande, são as alterações maiores no eixo que provocam mudanças climáticas.
A mudança cíclica na inclinação do eixo associada a deslocamentos astronômicos, chamadas de obliquidade, tem um ciclo bastante longo, cerca de 41 mil anos, e mudam a inclinação de cerca de 22,1 graus para 24,5 graus. No presente momento, ela está ao redor de 23,4 graus.
Em latitudes mais altas, uma obliquidade maior significa maior irradiação anual total. Nas latitudes baixas, o oposto é válido e, nas médias, praticamente inexiste mudança.
Segundo LeGrande, quando a obliquidade é elevada, as diferenças entre o equador e os polos na irradiação total e, também, na temperatura, é mais ampla, resultando em estações do ano mais extremas.
“Só que as alterações que acontecem todo ano com a obliquidade são tão minúsculas que não percebemos”, explica.
 (Fonte: Folha.com)
 
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