quarta-feira, 30 de março de 2011

::: Especialistas aconselham Brasil esperar evolução tecnológica para optar por mais usinas nucleares :::



 


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O Brasil deve aguardar o desenvolvimento de novas tecnologias de construção e funcionamento de usinas nucleares antes de tomar a decisão de incrementar o Programa Nuclear Brasileiro. A opinião é do professor Luiz Pinguelli Rosa, da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).
Segundo ele, na próxima década, a partir de 2020, começará a instalação de usinas de terceira e quarta geração, que serão mais seguras, econômicas, produzirão menos rejeitos e terão controle digital.
Em audiência pública no Senado, Pinguelli disse nesta quarta-feira (23) que projetos de terceira geração já estão em andamento em outros países, e o programa brasileiro deveria aguardar. “O Brasil pode esperar”, aconselhou, ao lembrar que o país já domina boa parte da tecnologia nuclear, tem uma usina em construção (Angra 3) e está gerando conhecimento ao construir, em parceria com a Argentina, um reator multifuncional.
Pinguelli foi ao Senado junto com o professor Aquilino Senra Martinez, também da Coppe. Segundo Martinez, o plano plurianual da Empresa de Pesquisa Energéticas (EPE) não prevê uso de energia nova vinda de outras usinas, além das usinas instaladas atualmente ou da Usina Angra 3, que deverá estar pronta em 2020.
Juntos, os dois especialistas sugeriram aos senadores cobrar da empresa estatal Eletronuclear – responsável pelas usinas Angra 1, 2 e 3 – informações sobre o posicionamento dos geradores de emergência que são acionados em caso de falha no fornecimento de energia para o resfriamento dos reatores, problema ocorrido na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, após o terremoto do dia 11 no Japão, seguido de tsunami.
Pinguelli e Martinez disseram que os senadores devem cobrar da Defesa Civil (nas esferas municipal, estadual e federal) informações sobre o plano de evacuação de Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, em caso de acidente nas usinas. Segundo Pinguelli, “os planos de emergência internos às usinas são adequados”, mas o plano de emergência externo, não. “Eu não gostei quando as Forças Armadas saíram do plano porque não tinham equipamento”.
Martinez chamou atenção para a falta de destinação correta dos resíduos de baixa e média atividade radioativa, que não podem ser reaproveitados e que, hoje, são mantidos nas usinas. Segundo ele, esse procedimento está fora do procedimento previsto na legislação (Lei 10.308/2001). “A Cnen [Comissão Nacional de Energia Nuclear] tem condições financeiras e técnicas de executar o que esta Casa mandou? Isso deve ser, de imediato, cobrado”.
Na audiência, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) chamou atenção para o fato de não haver no país uma agência reguladora para a área nuclear.
Na próxima semana, as comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática; e Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle deverão convidar, para uma nova audiência pública sobre o tema, o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva.
(Fonte: Gilberto Costa/ Agência Brasil)



Postado por: Monique Amin Ghanem
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sexta-feira, 25 de março de 2011

::: Hora do Planeta :::

::: Infográfico explica o ciclo da água nas cidades :::





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Lição básica logo nos primeiros anos de escola, o ciclo natural da água foi sendo modificado pelo homem através dos anos e se transformou em um complexo sistema de captação, purificação, distribuição, uso e tratamento.
Para explicar melhor como a água que usamos hoje em casa, no trabalho e demais espaços urbanos sai das torneiras e o que acontece com ela após escoar pelo ralo, o Portal EcoD montou um infográfico com todos os passos desse novo ciclo.
O processo começa com a captação da água que, no Brasil, acontece principalmente em poços (aquíferos subterrâneos), fontes, rios e lagos. Depois, essa água segue para uma Estação de Tratamento de Água (ETA), onde passa por diversos processos físicos e químicos para que fique dentro dos limites aceitáveis de impureza fixados nos denominados "padrões de potabilidade", aprovados pelo Ministério da Saúde.
A água potável segue para a rede de distribuição e percorre vários canos enterrados sob a pavimentação das ruas da cidade até chegar às casas, lojas e indústrias. Depois de utilizada, a água segue pelos canos da rede de esgoto e vai para uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), onde passa por outra série de processos físicos e químicos até que esteja limpa o suficiente para retornar à natureza.
Como todo ciclo criado pelo homem, esse também pode conter falhas, como “gatos” de água, canos estourados e esgotos lançados diretamente nos rios. Por isso a importância da informação e conscientização do processo, já que somente assim é possível fiscalizar o comprimento das etapas e perceber quando algo está errado.
Clique na imagem para ver o infográfico.

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quinta-feira, 24 de março de 2011

::: Brasil implementa ações para garantir água em quantidade e qualidade :::

 
 
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Mais do que um monumento natural que o mundo admira, as Cataratas do Iguaçu são um símbolo da abundância dos recursos hídricos em território brasileiro. Mas essas belezas não se distribuem de forma igual em todo o País. Cada bioma tem suas características, e a Amazônia é nosso maior reservatório de águas doces. Como o Brasil é o principal reservatório do planeta Terra.
A água cobre 75% do planeta, em rios, mares, corre recôndita nas rochas e se esconde no subsolo. Curiosamente, nessa mesma proporção circula no organismo humano. No Brasil, estão 12% de toda a água doce que existe em todo o mundo. Uma riqueza indispensável para a vida, que inspira culturas, ritos religiosos, lendas e canções.
De toda a água que circula no planeta, apenas 2,5% é doce e se distribui em geleiras, nas calotas polares e montanhas eternamente cobertas (69%), no subsolo (30%), em rios e lagos (0,3%). Uma parte também significativa se encontra em lugares como umidade do solo, placas de gelo flutuantes, pântanos e em solos que ficam permanentemente congelados (0,9%). Mas o que prepondera é a salgada, que chega a 97,5% da Terra.
No Brasil, das águas que se encontram na superfície, 68% estão na região Norte (que representa 45,3% do território nacional, onde vivem 6,98% da população brasileira), 3,3% estão no Nordeste (18,3% do território e 28,91% da população), 15,7% estão no Centro-Oeste (18,8% do território e 6,41% da população), 6% estão no Sudeste (10,8% do território e 42,65% da população) e outros 6,5% estão na região Sul (6,8% do território e 15,5% da população).
Os números brasileiros estão no documento disponíveis no Água: Manual de Uso – Implementando o Plano Nacional de Recursos Hídricos, editado pelo MMA em 2009. O levantamento indica que reservas subterrâneas suprem 51% da água potável consumida no País.
O maior reservatório de água do subsolo das Américas é o Aqüífero Guarani, que também é um dos maiores do mundo e abrange Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Com 1,2 milhão de km², cerca de 840 mil km² (71%) estão nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
Regiões hidrográficas – O País tem 12 Regiões Hidrográficas. Amazônica, Tocantins-Araguaia, Atlântico Nordeste Ocidental, Parnaíba, Atlântico Nordeste Oriental, São Francisco, Atlântico Leste, Atlântico Sudeste, Paraná, Paraguai, Uruguai, Atlântico Sul. Veja como se caracterizam algumas das principais:
Amazônica – É a maior de todo o globo terrestre. Ocupa cerca de 7 milhões de km² desde a sua nascente nos Andes peruanos até a foz no Oceano Atlântico, com 64,88% em território nacional. É composta também por Colômbia (16,14%), Bolívia (15,61%), Equador (2,31%), Guiana (1,35%), Peru (0,60) e Venezuela (0,11%). Cerca de 7,8 milhões de habitantes, com 200 etnias indígenas a ocupam, em sete estados, Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará e Mato Grosso.
Tocantins/Araguaia – Localiza-se em região de transição entre os biomas Amazônia e Cerrado, com aproximadamente 922 mil km² e 7,2 milhões de habitantes. O Tocantins tem 1.960 km, nasce no Planalto Central, em Goiás. Seu principal tributário, o Araguaia, tem 2.600 km, onde se encontra a Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo.
São Francisco – Com cerca de 12,8 milhões de habitantes, tem diferentes biomas, como Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, ecossistemas costeiros e insulares. O Cerrado cobra praticamente a metade de sua área, ocorrendo desde Minas Gerais até o sul e o oeste da Bahia, enquanto a Caatinga predomina no nordeste do estado.
Água e clima – O planeta celebra o Dia Mundial da Água preocupado com o efeito que as mudanças no clima, provocadas pelas atividades humanas, podem desencadear no ciclo das águas. Debatido na 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA), promovida pelos ministérios do Meio Ambiente e da Saúde, no final de 2009, o tema Água e Clima alertou para os perigos provenientes da emissão de gás carbônico e outros gases de efeito estufa na atmosfera, responsáveis por consequências como o agravamento das secas, o aparecimento de furacões e enchentes.
A conferência debateu também a questão do saneamento ambiental que contempla entre seus aspectos a questão do abastecimento de água, a coleta e tratamento de esgotos, o controle de doenças, os resíduos sólidos e a drenagem. Documento divulgado durante a conferência, alerta que a má qualidade das águas multiplica os riscos como a de doenças de veiculação hídrica e a balneabilidade de praias, com riscos relevantes para a saúde pública.
Além da questão da saúde foi levantado problema da poluição dos mananciais, que onera o custo do tratamento da água. A proteção dos abastecimento de água envolve ações como o controle de agrotóxico, a reposição de matas ciliares e de topo de morros e a eliminação de atividades poluidoras.
O documento debatido dentro da 1ª CNSA alerta que ao longo dos anos, os recursos hídricos em áreas urbanas vêm sofrendo intervenções variadas que os poluem e afetam o sistema de drenagem, abastecimento e esgoto. A ação humana degrada a água, ao lançar substâncias que a poluem, conferindo-lhe cor, tornando-a turva e menos transparente. A água suja ou contaminada por coliformes, nutrientes como o nitrogênio, fósforo e outras substâncias prejudica a saúde, a qualidade de vida e o ambiente, diz o texto.
O investimento na despoluição de bacias hidrográficas é apontado como um dos fatores preponderantes para a melhoria da qualidade das águas. São enumerados ainda investimentos no monitoramento da qualidade das águas, em programas relacionados à prevenção de cheias e também em programas como de educação ambiental, sanitária e educação para a saúde.
Vulnerabilidade urbana – Uma das principais fontes de vulnerabilidade urbana, a questão da drenagem tem preocupado especialistas devido à sua gestão inadequada, o que traz como consequências o comprometimento das fontes de abastecimento pela contaminação dos mananciais superficiais e subterrâneos, erosão e produção de sólidos, inundações urbanas e um ciclo de contaminação.
Pela Lei do Saneamento (nº 11.445/2007), que define as diretrizes do saneamento básico, a gestão das águas pluviais é uma atribuição dos municípios. Essa gestão, no entanto, vem sendo feita de forma inadequada devido principalmente à fragmentação das responsabilidades, à falta de planejamento e à gestão por trechos e não por bacias.
A correta gestão das águas urbanas está intrinsecamente ligada ao uso correto do solo, que deveria se pautar pelos planos diretores. O que se constata na maioria das cidades é a proliferação de assentamentos informais e sem obediência aos planos diretores, a alta densidade de ocupação no espaço, a ocupação de áreas de risco e a urbanização sem infraestrutura sustentável resultando em impacto sobre a própria população. Essa prática continuada, leva, entre outras consequências, ao desaparecimento dos rios urbanos, pois a pressão e exploração do espaço pressionam para que os rios sejam cobertos ou desapareçam.
As boas práticas no manejo das águas pluviais têm por base princípios modernos e sustentáveis que levam em consideração a preservação dos mecanismos naturais de escoamento na implementação urbana, a visão de gestão da bacia hidrográfica e o tratamento do esgoto sanitário e da qualidade das águas pluviais. A gestão integrada, entendida como interdisciplinar e intersetorial dos componentes das águas urbanas, é uma condição necessária para que os resultados atendam as condições do desenvolvimento sustentável urbano.
Recuperação das bacias hidrográficas – Dentro do Ministério do Meio Ambiente, a recuperação e preservação das bacias hidrográficas do Alto Paraguai e da Bacia do São Francisco estão entre as principais atividades desenvolvidas pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SHRU) no programa intersetorial voltado ao uso e conservação de recursos hídricos. Na bacia do Alto Paraguai, a prioridade é a revitalização de sete sub-bacias, entre elas, a do rio Taquari, ação considerada de vital importância a recuperação da bacia do Alto Paraguai.
Uma iniciativa que vem sendo implementada no local é a instalação de uma rede de viveiros para a produção de mudas. A elaboração do macrozoneamento das Áreas de Preservação Ambiental (APA) das nascentes do rio Paraguai junto com a sensibilização e mobilização da comunidade local, com o objetivo de promover a educação ambiental são ações adicionais que fazem parte do processo de recuperação daquela bacia.
No processo de recuperação da Bacia do São Francisco, também vem sendo desenvolvidas ações de conservação, recuperação e manejo do solo e da água em microbacias, com ações de recuperação de áreas degradadas na APA das nascentes, levantamento florístico, implantação de viveiros, plantio de mudas e monitoramento da água.
Para este projeto, a SHRU está investindo na instalação de um Centro de Referência Integrado. Ele será responsável por articular inter e intra institucionalmente as atividades de pesquisa e estudos sobre o Rio São Francisco. No local estão sendo promovidos cursos de capacitação para gestores, produtores e técnicos que atuam na região e ações de educação ambiental que garantam o princípio da transversalidade entre as ações do Governo Federal.
Uma novidade no processo de recuperação da bacia é a implementação de um sistema de monitoramento ambiental que vai quantificar em quilômetros quadrados o desmatamento e gerar polígonos de indicativos de desmatamento recentes.
Dentro do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas em Situação de Vulnerabilidade e Degradação Ambiental, o MMA promoveu a abertura de Chamada Pública para seleção de Práticas Inovadoras em Revitalização de Bacias Hidrográficas. O objetivo foi o de constituir uma base de dados com experiências práticas, inovadoras e eficientes, que contribuam para a revitalização de bacias hidrográficas e que servirão de modelo para outras regiões do País.
Responderam à Chamada municípios brasileiros, instituições públicas e privadas de pesquisa e tecnologia, organizações sem fins lucrativos. Os 26 participantes selecionados relataram experiências nas áreas de Educação Ambiental; Conservação e Recuperação de solos; Água e Biodiversidade; e Turismo e Agricultura Sustentável.
ZEE – O Programa de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) possui importante papel no Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. O ZEE da Bacia do São Francisco tem por objetivo implantar um sistema integrado de informações georreferenciadas e um banco de dados da Bacia, ampliando as atividades de monitoramento e fiscalização ambiental e estimulando a implementação de instrumentos de ordenamento territorial.
O ZEE da Bacia do São Francisco deverá se integrar aos projetos do Programa ZEE para a região Nordeste, especialmente com o do Bioma Caatinga, além dos demais programas e ações governamentais desenvolvidos na área da bacia.
Parques fluviais – Dez municípios integrantes da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco já vêm sendo beneficiados com ações que fazem parte do Projeto Parque Fluvial, lançado em 2009, e que tem por objetivo conservar e preservar bacias hidrográficas no âmbito do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas em Situação de Vulnerabilidade e Degradação Ambiental.
O projeto tem por objetivo incentivar a percepção comunitária da situação em que se encontram os rios com os quais a população se relaciona cotidianamente a partir do incentivo ao ecoturismo, à educação ambiental, à cultura, ao lazer, ao esporte e à proteção da biodiversidade.
O que se pretende é contribuir para o aumento da quantidade e qualidade de água na área de intervenção; o fortalecimento dos corredores verdes, a restauração da biodiversidade e a defensa do clima, evitando a degradação dos rios e dando continuidade, sustentabilidade e visibilidade às ações desenvolvidas pelo projeto. As atividades desenvolvidas em um determinado trecho do rio, localizado no município, devem se tornar modelo facilmente adaptável e/ou replicável em outras áreas. A finalidade é que a população faça usos nobres dos rios como atividades de recreação, lazer, esporte e contemplação.
Os municípios que fazem parte do projeto são: Pirapora (MG), Bom Jesus da Lapa (BA), Barreiras (BA), Xique-Xique (BA), Piranhas (AL), Propriá (SE), Januária (MG), Juazeiro/Petrolina (BA/PE) e Penedo (AL).
Água Doce – Para tentar resolver o problema de acesso à água de qualidade, o MMA vem implementando programas regionais. Um deles é o Programa Água Doce (PAD). Desde que foi lançado, em 2004, o PAD já beneficiou mais de 96 mil pessoas, de 68 localidades de sete estados do semiárido brasileiro. Até o momento, foram investidos cerca de R$ 7,2 milhões em parcerias com empresas e instituições como a Petrobras, Fundação Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e recursos próprios do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Carente de recursos hídricos, o Nordeste tem no programa Água Doce uma alternativa para a obtenção de água potável e para o desenvolvimento de atividades de cultura de peixes.
O Programa Água Doce é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo MMA, e está presente em 11 núcleos estaduais, tendo capacitado mais de 500 técnicos nos estados onde está presente. O programa tem por objetivo o estabelecimento de uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano. Para tanto, promove e disciplina a implantação, a recuperação e a gestão de sistemas de dessalinização ambiental para o atendimento prioritário às populações de baixa renda que residem em localidades rurais difusas do semiárido brasileiro.
Além da garantia do abastecimento de água no semiárido, no momento, estão sendo desenvolvidas pesquisas na área de nutrição animal, piscicultura e cultivo da erva sal visando o aperfeiçoamento e otimização dos sistemas produtivos. Fazem parte do semiárido os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.
O Água Doce é considerado uma medida de adaptação e mitigação dos possíveis efeitos das mudanças climáticas. Estudos indicam que a variabilidade climática na região poderá aumentar, acentuando a ocorrência de eventos extremos como estiagens mais severas e também cheias, afetando a disponibilidade hídrica na região afetada.
Águas subterrâneas - Ainda é considerado pequeno o nível de conhecimento sobre a quantidade e qualidade das águas subterrâneas no Brasil. Por isso mesmo, a SHRU com parceiros inter e intra institucionais, vem incrementando, por meio de estudos e pesquisas, o aumento do conhecimento hidrológico e implantando um sistema de monitoramento para este tipo de recurso natural. Estes estudos envolvem pesquisas específicas para um maior conhecimento e o monitoramento dos aquíferos de abrangência transfronteiriça e interestadual. Este conhecimento é fundamental para a criação de mecanismos de gestão integradas destes aquíferos.
Para ampliar os conhecimentos técnicos básicos, desenvolver a base legal e institucional para a correta gestão das águas subterrâneas, o MMA lançou o Programa Nacional de Águas Subterrâneas (PNAS).
O Plano, que faz parte do Plano Nacional de Recursos Hídricos estabelece e orienta a política para a água subterrânea. A água subterrânea é um recursos estratégico principalmente para o consumo humano e um dos principais objetivos da política é o de preservar o recurso natural do ponto de vista econômico, social e ambiental. As águas subterrâneas são de domínio dos estados e o plano traça diretrizes de cooperação entre os entes federados.
Também estão sendo realizados estudos e projetos em escala local com o objetivo de conhecer especialmente os aquíferos localizados em regiões metropolitanas onde a água subterrânea constitui relevante manancial para o abastecimento público.
De acordo com a Associação Brasileira de Água Subterrânea (Abas), a maior parte da água disponível no mundo encontra-se sob a terra. Como exemplo, é citado o caso do estado de São Paulo onde 80% dos municípios são total ou parcialmente abastecidos por águas subterrâneas. O recurso natural atende a uma população de mais de 5,5 milhões de habitantes.
Uma nova e recente descoberta vem ampliar ainda mais o poder brasileiro quando o assunto é disponibilidade de água. Trata-se do Aquífero Amazonas, um reservatório transfronteiriço de água subterrânea, que o Brasil, divide com o Equador, Venezuela, Bolívia, Colômbia, e Peru.
Sua extensão é de quase quatro milhões de quilômetros quadrados (3.950.000) sendo constituído pelas formações dos aquíferos Solimões, Içá e Alter do Chão. Com uma extensão três vezes maior que o aquífero Guarani, o Amazonas é uma conexão hidrogeológica, com grande potencialidade hídrica, mas ainda pouco conhecida.
Segundo dados da Gerência de Apoio ao Sistema de Água Subterrânea do Ministério do Meio Ambiente, a formação Alter do Chão participa no abastecimento das cidades brasileiras de Manaus, Belém, Santarém e da Ilha de Marajó. A utilização do Solimões é principalmente para o abastecimento doméstico, sendo fonte importante para a cidade de Rio Branco, no Acre. A formação Içá abastece a cidade de Caracaraí, no sul de Roraima.
Os estudos até agora realizados atestam que a qualidade química da água do Sistema Aquífero Amazonas é boa. Entretanto vem correndo risco de contaminação devido ao fato de em alguns locais ser raso o nível da água e pelo alto potencial de contaminação provocada por poços mal construídos, ausência/inadequação de proteção sanitária e carência de saneamento básico.
Além do Amazonas e do Guarani, o Brasil possui inúmeros outros sistemas transfronteiriços, todos eles com pouca ou, às vezes, nenhuma informação sobre eles. O mais estudado até o momento é o Aquífero Guarani com uma extensão de mais de um milhão de quilômetros quadrados, que o País divide com a Argentina, Paraguai e Uruguai.
(Fonte: MMA)

quarta-feira, 23 de março de 2011

::: Terremoto moveu costa do Japão, alterou equilíbrio da terra e reduziu duração dos dias :::

 
 
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A costa do Japão pode ter se movido cerca de quatro metros para leste após o terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o país na última sexta-feira (11), afirmaram especialistas.
Dados da rede japonesa Geonet – recolhidos de cerca de 1.200 estações de monitoramento por satélite – sugerem que houve um deslocamento em grande escala após o terremoto.
Roger Musson, da agência geológica britânica (BGS, na sigla em inglês), disse á BBC que o movimento ocorrido após o terremoto era ‘compatível com o que acontece quando há um terremoto deste porte’.
O terremoto provavelmente mudou o equilíbrio do planeta, movendo a terra em relação a seu eixo em cerca de 16.5 cm. O tremor também aumentou a velocidade da rotação da Terra, diminuindo a duração dos dias em cerca de 1.8 milionésimos de segundo.
(Fonte: G1)

Postado por: Monique Amin Ghanem
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terça-feira, 22 de março de 2011

::: DIA MUNDIAL DA ÁGUA :::


 
 
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O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.
Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc.); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.

Declaração Universal dos Direitos da Água
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
             Aproveite esta data para refletir.
Respeito ao Meio Ambiente é um dos pilares da Sustentabilidade. O Grupo Ghanem investe na sustentabilidade e no futuro das próximas gerações. Essa é uma luta de todos nós. Seja nosso parceiro nessa causa.  
Pense diferente, mude seus conceitos e atitudes. Sustentabilidade se faz no dia a dia!
Uma mensagem do Grupo Ghanem no Dia Mundial da Água.

Fernando Berlitz
            Sustentabilidade

quinta-feira, 17 de março de 2011

::: IP participará 68° Encontro de Estudos dos Farmacêuticos Magistrais de SC :::

Ip participará do 68° Encontro de Estudos dos Farmacêuticos Magistrais de SC.

Programação

Data: 19 e 20 de março de 2011
Local: Hotel InterCity – Florianópolis

::: IP apoiará Fundema em evento sobre a Semana da Água :::




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De 18 a 24 de março, a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) irá promover atividades em referência ao Dia da Água comemorado em 22 de março. O espaço de palestras, exposições e orientações de educação ambiental estará aberto para visitação, das 10 horas às 22 horas, na praça de eventos do Shopping Muller, em Joinville.
Nos
sete dias de programação serão oferecidas, gratuitamente, palestras, oficinas, orientações sobre resíduos, consumo consciente e preservação dos mananciais e do meio ambiente.
Uma maquete irá demonstrar como reduzir o uso desnecessário da água, separar e destinar corretamente os resíduos. Outras informações sobre limpeza de caixa d’água, análise de água de poços e ligações de esgoto.
Outra maquete explicativa das bacias hidrográficas de Joinville estará em exposição. As pessoas poderão conhecer melhor a geografia da região, compreender a distribuição hidrográfica do município e a importância da
conservação dos mananciais.
Quem passar pelo local poderá adotar uma muda de árvore frutífera ou da mata atlântica e receber sacolas retornáveis e lixeiras para carros. Simultaneamente, ao espaço de visitação, estarão sendo realizadas as palestras e as oficinas.
A Fundema é a organizadora da Semana da Água e conta com apoio do ShoppingMueller; Companhia Águas de Joinville (CAJ); Programa Mesa Brasil, Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra) e Instituto de Pesquisas
(IP).
Mais informações pelo telefone (47) 3433.2230, ramal 223 ou 213.

AGENDA
* O quê: Programação Semana da Água
* Quando: De 18 a 24 de março
* Onde: Praça de eventos do Shopping Mueller
* Horário: Das 10 às 22 horas


Programação das palestras e oficinas:

* Dia 18/3(sexta-feira)
11h30: palestra sobre "Consumo consciente"
13 horas: palestra "Água e esgoto: da captação ao descarte"
16 horas: palestra Consumo consciente


* Dia 19/3 (sábado)
13 horas: palestra "Como e por que limpar a caixa d’água". Palestra ministrada pelo IP
17 horas: oficina "Artesanato com material reciclado"
20 horas: palestra "Fontes alternativas de água" Palestra ministrada pelo IP


* Dia 20/3 (domingo)
16 horas: palestra "Consumo consciente"
18 horas: oficina "Puff de PET"
20 horas: palestra "Consumo consciente"


* Dia 21/3 (segunda-feira)
11 horas: palestra "Consumo consciente: reaproveitamento integral dealimentos"
12h45: palestra "Água e esgoto: da captação ao descarte"
16 horas: oficina de "Reaproveitamento integral de alimentos sólidos"
18 horas: palestra "Água e esgoto: da captação ao descarte"


* Dia 22/3 (terça-feira)
10h30: palestra “Consumo consciente”
11 horas: palestra “Noções básicas sobre alimentação e nutrição”
12h15: palestra “Consumo consciente”
13 horas: palestra “Como e por que limpar a caixa d’água” Palestra ministrada pelo IP
14 horas: palestra “Fontes alternativas de água” Palestra ministrada pelo IP
15h30: palestra “Consumo consciente”
17 horas: oficina “Reaproveitamento integral de alimentos líquidos”


* Dia 23/3 (quarta-feira)
11 horas: palestra "Alimentação saudável X Câncer"
12h45: palestra e oficina "Compostagem: o melhor destino para o lixo orgânico"
15 horas: palestra e oficina "Compostagem: o melhor destino para o lixo orgânico"
18 horas: oficina "Soja: um outro tipo de proteína é possível"
20 horas: palestra e oficina "Compostagem: o melhor destino para o lixo orgânico"


* Dia 24 (quinta-feira)
11 horas: palestra "Congelamento e conservação de alimentos de forma consciente"
12h45: palestra "A situação dos resíduos em Joinville: a responsabilidade de cada um"
18 horas: palestra "A situação dos resíduos em Joinville: a responsabilidade de cada um"
19 horas: oficina "Artesanato com revista"



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quarta-feira, 16 de março de 2011

::: China quer reduzir em 17% as emissões de carbono até 2015 :::


 

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A China, maior emissor de gás carbônico do planeta, quer reduzir em 17% o volume das emissões de dióxido de carbono por unidade do Produto Interno Bruto (PIB) até 2015, anunciou o primeiro-ministro Wen Jiabao.
O consumo de energia por unidade do PIB deverá, por sua parte, diminuir 16% durante o 12º plano quinquenal (2011-2015), acrescentou o chefe Governo para os 3.000 delegados da Assembleia Nacional Popular (ANP), o Parlamento chinês.
“Em 2011, o consumo de energia por unidade do PIB deverá diminuir 3,5% e as emissões de CO2 cair aproximadamente 3,5% na comparação com o ano passado”, destacou a Comissão Nacional para o Desenvolvimento e a Reforma, a agência de planejamento chinesa, em seu relatório anual aos deputados. (Fonte: G1)

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terça-feira, 15 de março de 2011

::: Nasa adverte que os polos estão derretendo mais rápido que o previsto :::





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As camadas de gelo da Groenlândia e da Antártida estão perdendo massa a um ritmo mais acelerado que os prognósticos feitos até agora, o que repercutirá na alta do nível dos oceanos, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (8) pela Nasa.
Os resultados do estudo sugerem que as camadas de gelo estão derretendo mais rápido que as geleiras das montanha e serão o principal fator de contribuição para uma alta global do nível dos oceanos, muito antes do previsto.
Como exemplo, em 2006 os polos perderam uma massa combinada de 475 gigatoneladas ao ano em média, uma quantidade suficiente para elevar o nível global do mar em uma média de 1,3 milímetros ao ano frente as 402 gigatoneladas que as geleiras da montanha perdem em média.
A Nasa analisou dados de seus satélites entre 1992 e 2009 e descobriu que a cada ano durante o curso do estudo as camadas de gelo dos polos perderam uma média combinada de 36,3 gigatoneladas a mais que no ano anterior.
“Que as camadas de gelo serão a principal causa do aumento do nível do mar no futuro não é surpreendente, já que possuem uma massa de gelo muito maior que as geleiras da montanha”, assinalou o autor do estudo, Eric Rignot, da Universidade da Califórnia.
“O surpreendente é que esta maior contribuição das camadas de gelo já está ocorrendo”, advertiu o cientista, que realizou a pesquisa com a colaboração do Laboratório da propulsão do jato (JPL) da Nasa.
As medições realizadas indicam que se “as tendências atuais continuarem é provável que o aumento do nível do mar seja significativamente maior que os níveis projetados pelo Grupo Intergovernamental de Analistas sobre a Mudança Climática em 2007″, acrescentou. (Fonte: G1)


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quinta-feira, 10 de março de 2011

::: Clima e biocombustíveis ameaçam segurança alimentar, diz FAO :::

 
 
 
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A mudança climática, trazendo enchentes e estiagens, a demanda crescente por biocombustíveis e políticas nacionais para proteger o mercado interno poderão aumentar o preço dos alimentos e ameaçar a segurança alimentar no longo prazo, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU).
Os preços elevados e voláteis dos alimentos são uma preocupação mundial cada vez maior, e em parte também estimularam os protestos que derrubaram os governantes da Tunísia e do Egito este ano. Os impactos dos protestos são sentidos pelo norte da África e no Oriente Médio, da Argélia ao Iêmen.
Períodos de instabilidade de preço não são uma novidade para a agricultura, mas os choques recentes de preço provocados pelo clima extremo e pelo uso cada vez maior de grãos para produzir energia têm causado grande preocupação, disse a FAO, braço da ONU para agricultura e Alimentação (FAO).
“Há temores de que a volatilidade de preço esteja aumentando”, disse a FAO no relatório Estado dos Alimentos e da Agricultura, publicado na segunda-feira (7).
A influência cada vez maior do mercado de commodities e as “respostas contraproducentes da política protecionista (aos preços elevados) podem exacerbar a volatilidade do mercado internacional e colocar em risco a segurança alimentar mundial”, diz o documento.
A FAO, que tem sede em Roma, já advertiu os países produtores de alimentos contra a introdução de limites de exportação para proteger os mercados locais, à media que os preços dos alimentos no mundo pressionam para além dos níveis que deflagraram as violentas revoltas em 2007 e 2008.
O preço global dos alimentos atingiu um recorde de alta em fevereiro. Na semana passada, a FAO advertiu que novas altas no preço do petróleo e a realização de estoques pelos importadores que tentam evitar levantes atingiriam os já voláteis mercados de cereais.
Estima-se que o preço dos alimentos aumente nos próximos dez anos e permaneça na média em níveis acima dos da década passada, disse a agência na segunda-feira.
É necessária uma ação coordenada internacional para garantir a segurança do abastecimento de alimentos, incluindo uma melhora na regulação e na transparência do mercado, assim como estatísticas sobre o mercado de commodities de alimentos, o estabelecimento de estoques de emergência e o fornecimento de redes de segurança, disse a FAO. (Fonte: G1)

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